UMA ANÁLISE DOS CONGLOMERADOS FINANCEIROS NO RECENTE CICLO ECONÔMICO BRASILEIRO
DOI:
10.30781/repad.v3i3.9135Palabras clave:
Fragilidade Financeira, Conglomerados Financeiros, Economia BrasileiraResumen
O presente trabalho buscou analisar, sob a perspectiva da Hipótese de Fragilidade Financeira de Hyman Minsky, como os cinco maiores conglomerados financeiros que atuam no Brasil se comportaram na gestão de suas estruturas patrimoniais entre 2007 a 2016. Para tanto, foram utilizados dados da plataforma digital IF.data disponibilizada pelo Banco Central do Brasil que concedem a possibilidade de analisar a evolução da estrutura patrimonial dos conglomerados financeiros que atuam na economia brasileira. Como método de análise foram calculados índices que mensuram o grau de alavancagem e a composição dos ativos das instituições financeiras. Verificou-se que em períodos de expansão da atividade econômica, como o período observado na economia brasileira entre 2007 a 2013, os cinco maiores conglomerados financeiros se expuseram a maiores riscos (devido a melhoria nas expectativas dos empresários e a necessidade de ampliar o Market share) ampliando consequentemente em sua estrutura patrimonial ativos com menor liquidez e consequentemente maior rendimento. Já em períodos de desaceleração da atividade econômica e grande incerteza com relação ao comportamento dos indicadores macroeconômicos, como se verificou na economia brasileira no período que compreende aos anos 2014 a 2016, as instituições financeiras expandiram operações que possuíam maior margem de segurança, ampliando na composição de suas estruturas patrimoniais ativos que possuam maior liquidez. Os resultados supracitados estão de acordo com a base teórica explicitada.Descargas
Citas
BARBOSA, N.; SOUZA, J. A. P. DE. A Inflexão Do Governo Lula: Política Econômica, Crescimento E Distribuição De Renda. Brasil, entre o Passado e o Futuro, p. 1–42, 2010.
BIELSCHOWSKY, R.; SQUEFF, G. C.; VASCONCELOS, L. F. Evolução dos investimentos nas três fontes de expansão da economia brasileira na década de 2000. Brasília: IPEA, 2015. (Textos para Discussão, n. 2063)
CARDOSO JÚNIOR, J.; NAVARRO, C. O planejamento governamental no Brasil e a experiência recente (2007 a 2014) do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Brasília: IPEA, 2016 (Textos para Discussão, n. 2174).
CORRÊA, M. F.; LEMOS, P. DE M.; FEIJO, C. Financeirização, empresas não financeiras e o ciclo econômico recente da economia brasileira. Economia e Sociedade, v. 26, n. Número Especial, p. 1127–1148, 2017.
FONSECA, A. DE O. A Hipótese de Fragilidade Financeira e a Recessão Brasileira de 2014-2017. Anais do XI Encontro da AKB. “Desafios para a Economia Brasileira: uma perspectiva keynesiana”. Anais...Porto Alegre: Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, 2018
KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, Juro e da Moeda. São Paulo: Nova Cultura, 1996.
KLEIN, M. A. A theory of the banking firm. Journal of Monetary Economics, v. 1, n. 1, p. 123–128, jan. 1975.
LACERDA, A. C. DE. Dinâmica e evolução da crise: discutindo alternativas. Estudos Avançados, v. 31, n. 89, p. 37–49, abr. 2017.
MELLO, G.; ROSSI, P. Do industrialismo à austeridade : a política macro dos governos Dilma. Campinas: IE Unicamp, 2017. (Textos para Discussão, n. 309).
MENDONÇA, M. P.; CAVALCANTE, A. Fragilidade Financeira do setor bancário brasileiro. Anais do XI Encontro da AKB. “Desafios para a Economia Brasileira: uma perspectiva keynesiana”. Anais...Porto Alegre: Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, 2018
MINSKY, H. Stabilizing an Unstable Economy. Nova Haven: Yale University Press, 1986.
MINSKY, H. P. The Financial Instabiity Hypothesis. New York: Jerome Levy Economics Institute of Bard College, 1992 (Working Paper, No. 74).
PAULA, L. F. DE. Sistema Financeiro, bancos e financiamento da economia: uma abordagem keynesiana. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Brasil, 2015.
PAULA, L. F. DE; ALVES JÚNIOR, A. J. Comportamento dos bancos, percepçãao de risco e margem de segurança no ciclo minskiano. Análise Econômica, v. 21, n. 39, 2003.
SERRANO, F.; SUMMA, R. Demanda agregada e a desaceleração do crescimento econômico brasileiro de 2011 a 2014. Center for economic and policy research, p. 1–42, 2015.
SINGER, A. O Ensaio desenvolvimentista no primeiro mandato de Dilma Rousseff (2011-2014). Novos Estudos, v. 102, p. 43–71, 2015.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Todos os autores que submetem e publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, seja em parte ou em sua totalidade.
- Declaro, ainda, que uma vez publicado na Repad, editada pela Universidade Federal de Mato Grosso, Câmpus Rondonópolis, o Trabalho jamais será submetido por mim ou por qualquer um dos demais coautores, caso haja, a qualquer outro periódico.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.