RELAÇÃO ENTRE A HEURÍSTICA DO EXCESSO DE CONFIANÇA E O PERFIL DE INVESTIDOR.
DOI:
10.30781/repad.v8i1.16842Palavras-chave:
Excesso de confiança, Finanças comportamentais, Perfil do investidorResumo
O presente estudo tem como foco a análise do fenômeno conhecido como "Excesso de Confiança" em estudantes matriculados em cursos técnicos do campo de Gestão em uma cidade no interior de São Paulo. O objetivo central é investigar se diferentes tipos de investidores (conservadores, moderados e agressivos), exibem variações no nível desse excesso de confiança. Para alcançar essa meta, um questionário foi aplicado a 162 participantes, os quais foram agrupados conforme os seus perfis de investimento. A abordagem metodológica empregada envolveu a utilização dos procedimentos propostos por Gigerenzer e Kleinbölting (1991) e Baratella (2007), além da aplicação do teste de Wilcoxon. O intuito por trás da seleção desses métodos foi comprovar a presença ou ausência do fenômeno do excesso de confiança nos perfis dos investidores. Além disso, para um exame mais aprofundado das diferenças entre os três tipos de perfis, também foi empregado o teste de Kruskal-Wallis. Esse teste estatístico tem a finalidade de avaliar se existem discrepâncias significativas nas distribuições do excesso de confiança entre os diferentes grupos de investidores. Os resultados da análise e avaliação estatística conduziram à conclusão de que não há evidências suficientes para afirmar que os três perfis de investidores possuam disparidades significativas em termos de distribuição do excesso de confiança
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