Os sentidos dos celulares nas brincadeiras de crianças na Educação Infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29286/dex0s836


Palavras-chave:

Educação Infantil, Celulares, Etnografia, Cibercultura

Resumo

Neste artigo, buscamos compreender os sentidos que as crianças de quatro a seis anos atribuem ao celular na Educação Infantil, em suas interações brincantes. A pesquisa aconteceu em 2023, na Unidade Municipal de Educação Infantil em Niterói/RJ, com a participação de quinze crianças. Inspirados na metodologia etnográfica, utilizamos a conversa, observação participante e registros em diário de campo. Notamos que as crianças transformam os celulares em objetos lúdicos, reformulando-os e recriando diferentes contextos por meio da imaginação. Concluímos que as crianças ressignificam os celulares de forma criativa, fabulam práticas ciberculturais e os integram às suas brincadeiras no cotidiano escolar.

 

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Biografia do Autor

  • Fabrini GOULARTE, Universidade Estácio de Sá (UNESA)

    Graduada em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Estado do Rio de
    Janeiro, possui especialização em Supervisão e Inspeção Escolar. É mestra em Educação pela
    Universidade Estácio de Sá, com pesquisa na linha de Tecnologias de Informação e
    Comunicação nos Processos Educacionais (TICPE). Atualmente, atua como professora na
    Fundação Municipal de Educação de Niterói.

  • Felipe CARVALHO, Universidade Estácio de Sá (UNESA)

    Está como professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estácio de Sá (PPGE/UNESA), linha de pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação nos Processos Educacionais (TICPE). Coordenador do Grupo de Pesquisa em Educação e Cibercultura (GPEC/CNPq). É doutor e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Educação (ProPEd/UERJ). De 2019 a 2020, foi bolsista de doutorado-sanduíche FAPERJ pela Universidad Complutense de Madrid/Espanha (UCM), e bolsista de doutorado Nota 10 FAPERJ. Atualmente é bolsista de pós-doutorado CNPq pela Universidade Federal de Tocantins (UFT). Colunista de Educação na Revista Horizontes da Sociedade Brasileira de Computação. Editor-gerente da Revista Docência e Cibercultura. É Ad Hoc da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e coordenador GT 16 ANPEd Sudeste. Realiza pesquisas em educação online, formação, informática na educação, didática, diferença, cibercultura.

  • Dilton Ribeiro COUTO JUNIOR, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

    Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor Adjunto da Faculdade de Educação da UERJ, do ProPEd/UERJ e do Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas (PPGECC) da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense da UERJ. Líder do Grupo de Pesquisa Juventude, Educação, Gênero e Sexualidade na Cibercultura (JEGESC). Bolsista do Programa de Incentivo à Produção Científica, Técnica e Artística – Prociência UERJ.

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Publicado

2025-12-01

Como Citar

Os sentidos dos celulares nas brincadeiras de crianças na Educação Infantil. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 34, n. jan/dez, p. 663–683, 2025. DOI: 10.29286/dex0s836. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/18900. Acesso em: 5 dez. 2025.