A FLEXIBILIZAÇÃO DOS TEMPOS DE TRABALHO COMO BASE DO ADOECIMENTO

Autores

Palavras-chave:

Direito do Trabalho, flexibilização do trabalho, adoecimento

Resumo

Segundo a teoria marxista, o tempo é fundamento essencial no capitalismo, pois ele é o principal fator de influência na velocidade e na quantidade de mercadorias produzidas. Porém, há um conflito entre o tempo diário disponível e o limite suportado pelo(a) trabalhador(a) na jornada de trabalho. A manipulação do tempo e a inobservância do respeito ao limite físico e mental do(a) empregado(a) pode acarretar em adoecimento por extração de trabalho excedente. Logo, se a fase industrial do capitalismo foi marcada por jornadas de trabalho rígidas de longa duração, quais são os desdobramentos dessas novas tendências adotadas pelo capital na saúde mental daqueles(as) que encontram a única garantia de subsistência na força de trabalho? Para tanto, discutir-se-á sobre as formas tradicionais e contemporâneas de organização do trabalho no sistema capitalista, investigar-se-á as consequências da exploração da força de trabalho na higidez do(a) trabalhador(a) e a influência do tempo na flexibilização do trabalho. Trata-se de um estudo que discorre por meio da pesquisa empírica, das aproximações e distanciamentos das temáticas envolvidas.  Dessa maneira, analisa-se a influência negativa da flexibilização do trabalho no setor de call center com relação ao desenvolvimento de doenças psíquicas e físicas semelhantes em atendentes de telecomunicação, a neurastenia.

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Biografia do Autor

Márcia Carolina Santos Trivellato

Graduada em Direito pela Universidade Tiradentes/SE (2014). Graduação interrompida em Relações Internacionais pela Universidade Federal de Sergipe (2012). Intercâmbio de idiomas, em Antibes, na França (2014). Pós-graduada em Direito do Estado pela Faculdade Guanambi/BA (2016). Mestre em Direito pela Universidade Federal de Sergipe (2019). Doutoranda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Exerceu advocacia no escritório Trivellato & Dantas Advogados Associados do qual foi sócio-fundadora (2015-2017). Ex-membro da Comissão para Jovens Advogados da OAB/SE (2016-2017). Ex-membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família (2017). Foi assessora na 2ª Vara Cível e Criminal da Comarca de Itaporanga d'Ajuda, no Tribunal de Justiça de Sergipe (2017-2018). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Constitucional, Direito Internacional, Direitos Humanos e Direito de Família, atuando principalmente nos seguintes temas: refugiados, tráfico de migrantes, biopolítica, teoria crítica dos direitos humanos e sistema interamericano de proteção dos direitos humanos.

Tamiris Vilas Bôas Paixão

Tamiris Vilas Bôas da Paixão: Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na linha de pesquisa “História, Poder e Liberdade” e área de estudo “Direito do Trabalho e Crítica”. Pesquisadora membro do Grupo de Pesquisas Trabalho e Resistências (UFMG). Advogada, Belo Horizonte/MG, Brasil. E-mail: tamirisvbpaixao@gmail.com

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Publicado

2020-02-08

Como Citar

TRIVELLATO, M. C. S.; PAIXÃO, T. V. B. A FLEXIBILIZAÇÃO DOS TEMPOS DE TRABALHO COMO BASE DO ADOECIMENTO. REVISTA DIREITOS, TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL, [S. l.], v. 6, n. 10, p. 110–133, 2020. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rdtps/article/view/9753. Acesso em: 10 out. 2024.