ENTENDENDO O ATIVISMO JUDICIAL A PARTIR DA DOUTRINA DO ACTIVE AVOIDANCE

Autores

Palavras-chave:

Acesso À Justiça Constitucional, Acesso À Justiça Constitucional. Controle De Constitucionalidade. Ativismo Judicial., Ativismo Judicial

Resumo

Embora se reconheça que os modelos jurídicos que empregam o denominado “civil law” sejam identificados pelo emprego da lei e as suas codificações como fonte primária do Direito, em contraponto com o “common law” tendo o costume jurisprudencial como essa fonte, as raízes de ambos os sistemas jurídicos são comuns. Indiscutível que o Brasil busca aproximação com esse sistema, positivando a cultura dos precedentes. Não apenas isso, o Ativismo Judicial tem sua gênese no modelo jurídico de controle de constitucionalidade praticado pela Suprema Corte dos Estados Unidos da América, no sistema de “common law”, que vem sendo replicado em todos os países do “civil law”, inclusive, no Brasil. O Ativismo Judicial foi concebido nos Estados Unidos para solucionar os casos difíceis de dúvida constitucional. No Brasil, replica-se essa metodologia, mas sem a sistematização metodológica desenvolvida na cultura jurisprudencial da Suprema Corte dos Estados Unidos, que favorece muita confusão a respeito da sua natureza jurídica. Portanto, só é possível entender o Ativismo Judicial e a cultura dos precedentes investigando sua origem no sistema de “common law” norte-americano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alan Vagner Schmidel

Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso. Mestrando em Direito pela FADISP. Associado ao Instituto dos Advogados de Mato Grosso (IAMAT).

Lisiane Valéria Linhares Schmidel

Bacharel em Direito pela Universidade de Cuiabá. Mestranda em Direito pela FADISP. Associada ao Instituto dos Advogados de Mato Grosso (IAMAT).

Referências

ARAGON REYES, Manuel. El futuro de la Justicia Constitucional. Anuario Iberoamericano de Justicia Constitucional. Palma (Illes Balears): 2019, v. 23, p. 11/41. Disponível em: <https://recyt.fecyt.es/index.php/AIJC/article/view/73075/44046>. Acesso em: 26 ago. 2019.

BARROSO, Luis Roberto. Judicialização, ativismo judicial e legitimidade democrática. (SYN)THESIS. Rio de Janeiro: 2012, v. 5, p. 23/32. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/synthesis/article/view/7433>. Acesso em: 20 set. 2019.

DAHL, Robert A. Tomada de decisões em uma democracia: A Suprema Corte com uma entidade formuladora de políticas nacionais. Revista de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: v. 252, 2009, p. 25/43. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/issue/view/560>. Acesso em: 20 set. 2019.

FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito: Técnica, Decisão, Dominação. São Paulo: Atlas, 2003, 4ª Edição.

GERMAIN, Claire M. The Global Student’s Introduction to the Law of the United States. Palestra para a University of Florida. Video disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HSnu6FrB0xc&list=WL&index=5&t=475s>. Acesso em: 28 set. 2019.

GODOY, Arnaldo Sampaio de Moraes. Educação jurídica nos EUA prepara para o conflito. Revista Consultor Juridico. São Paulo: 2011, Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2011-fev-16/educacao-juridica-eua-forma-profissional-prefere-conflito>. Acesso em: 20 nov. 2019.

KELSEN, Hans. A Garantia Jurisdicional da Constituição (A Justiça Constitucional). Tradução de Jean François Cleaver. Revista de Direito Público IDP. Nº 1, 2003, Doutrina Estrangeira. p. 90-130. Disponível em: <https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/direitopublico/article/view/1401>. Acesso em: 08 set. 2019.

MARSHALL, John. Decisões constitucionais de Marshall. Tradução de Américo Lobo Leite Pereira, Brasília: Ministério da Justiça, 1997.

NELSON, Willian. E. Marbury v. Madison: the Origins and Legacy of Judicial Review. Lawrense: University of Kansas Press, 2000, p. 56.

PRESIDÊNCIA REPÚBLICA. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 29 nov. 2019.

SCHMIDT, Thomas P. & KATYAL, Neal Kumar. Active Avoidance: The Modern Supreme Court and Legal Change. Harvard Law Review. Cambridge, MA, USA: v. 128, 2015, p. 2.109/2.165. Disponível em: <https://harvardlawreview.org/wp-content/uploads/2015/06/vol128_katyalschmidt.pdf>. Acesso em: 20 set. 2019

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Consulta ao processo digital ADO nº 26. Disponível em: <http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4515053>. Acesso em: 30 nov. 2019.

—————. Consulta ao processo digital HC 166373. Disponível em: <http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5607116>. Acesso em: 30 nov. 2019.

UNITED STATES SENATE. Constitution of the United States. Disponível em: <https://www.senate.gov/civics/constitution_item/constitution.htm>. Acesso em: 29 nov. 2019.

XAVIER, Carlos. Common law e civil law - aprendendo Direito com o rei Arthur e Napoleão Bonaparte. Canal do youtube “Direito Sem Juridiquês”. Curitiba. Vídeo disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=24RaJWYNABc>. Acesso em: 18 set. 2019.

————. Teoria do Processo Civil “Sem Juridiquês”. Curitiba. (apostila) Disponível em <http://institutoangelicum.rds.land/ebook-introducao-dirsemjur>. Acesso em: 18 set. 2019.

Downloads

Publicado

2021-03-30

Como Citar

SCHMIDEL, A. V. .; LINHARES SCHMIDEL, L. V. . ENTENDENDO O ATIVISMO JUDICIAL A PARTIR DA DOUTRINA DO ACTIVE AVOIDANCE. REVISTA DIREITOS, TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL, [S. l.], v. 7, n. 12, p. 331–359, 2021. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rdtps/article/view/10654. Acesso em: 24 abr. 2024.