Fenomenologia e Infância: o direito da criança a ser o que ela é
DOI:
10.29286/rep.v22i49/1.913Palavras-chave:
Verdadeiro Self, Falso Self. Relação Adulto-Criança. Capacidade de Estar Só.Resumo
Esta reflexão conversa com as ideias do psicanalista D. W. Winnicott sobre o verdadeiro self e as correlaciona com a noção de infância do filósofo Merleau-Ponty, de modo a reafirmar a importância da autenticidade na primeira infância e alertar sobre o prejuízo da inautenticidade, atitude artificial que fortaleceria na criança o falso self. A autora comenta a enorme dificuldade dos adultos na contemporaneidade para se entregarem ao momento vivido da convivência na primeira infância de seus filhos, dificuldade revelada no uso exagerado de intermediações e intermediadores: técnicas, objetos da cultura, manuais e especialistas que tudo sabem.
Palavras-chave: Verdadeiro self, Falso self. Relação adulto-criança. Capacidade de estar só.
Abstract
This reflection considers psychoanalyst D. W. Winnicott’s ideas of the true self and correlates them with philosopher Merleau-Ponty’s notions of childhood, in order to reaffirm the importance of authenticity in early childhood and warn about the dangers of inauthenticity, an artificial approach that would strengthen the child’s false self. The author discusses the difficulty contemporary adults have in immersing themselves in the shared moment during the child’s early infancy; their difficulty is revealed by the excessive use of intermediaries and brokers, techniques, cultural objects, books, and experts who know it all.
Keywords: True self, false self. Adult-child relationship. The capacity to be alone.
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