Trajetória de vida e estratégia de superação de uma professora do Quilombo Chumbo – Poconé-MT

Autores

  • Suely Dulce de CASTILHO castilho.suely@gmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso
  • Luciano da Silva PEREIRA luciano.educmt@gmail.com
    SEDUC-MT

DOI:

10.29286/rep.v27i65/2.6885

Palavras-chave:

Quilombo. Mulher Negra. Preconceito Racial. Trajetória de Vida

Resumo

professora quilombola. Por meio dela procurou- se compreender os processos de resistência construídos diante de exclusões e discriminações raciais vividas. Metodologicamente, essa é uma pesquisa qualitativa do tipo etnográfica. Os instrumentos de coletas foram a observação e a entrevista. Os resultados apontam uma trajetória marcada pela pobreza, estigmatização, racismos, preconceito de gênero e de região. Revela também que a escolarização e a participação nos movimentos sociais quilombolas foram as principais estratégias utilizadas pela docente para resistir e reestabelecer sua autoimagem, sua autoestima, autoconfiança e profissionalizar-se, transformando, assim, suas condições globais de vida.

Palavra-chave: Quilombo. Mulher Negra. Preconceito Racial. Trajetória de Vida.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Suely Dulce de CASTILHO, Universidade Federal de Mato Grosso

Doutora em Educação: Currículo pela PUC/SP, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Quilombola - GEPEQ, Professora do Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação, e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso. Avenida Fernando Corrêa da Costa, n. 2.367, Boa Esperança, Cuiabá/MT – CEP: 78.060-900. Tel.: (65) 3615-8267. Email: .

Luciano da Silva PEREIRA, SEDUC-MT

Mestre em Educação em Movimentos Sociais, Política e Educação Popular pela Universidade Federal de
Mato Grosso. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Quilombola - GEPEQ, professor
na Escola Estadual Profº. Benedito de Carvalho, rua Acre, CPA 2 – Cuiabá/MT CEP: 78055-518 – Tel.:
(65) 3641-6899.Email: <luciano.educmt@gmail.com> .

Referências

ALBERTI, Verena. Manual de história oral. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2013.

AMARAL, Ana Luísa. Simone de Beauvoir-Ninguém nasce mulher,

torna-se mulher. Porto, 9 jan. 2008. Disponível em: <http://www.publico.

pt/temas/jornal/simone-de-beauvoir-ninguem-nasce-mulher-tornasemulher-244344>. Acesso em: 12 nov. 2017.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Tradução de Luís Antero Reta e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 1979.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: fatos e mitos. v. 1. 4. ed. Tradução de Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1970.

BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo: experiência vivida. v 2. 4. ed. Tradução de Sérgio Milliet, São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1980.

BRASIL. Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003. Cria a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República, e dá outras providências. Brasília, DF, 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.678.htm>. Acesso em: 28 nov. 2017.

BRASIL. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –(IBGE) 2014. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 15 maio 2016.

BRASIL. Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP. Panorama da educação no campo. Brasília, DF: INEP, 2007.

CARNEIRO, Sueli. Gênero e Raça. In: BRUSCHINI, Cristina; UNBEHAUM, Sandra G. (Org.). Democracia e Sociedade Brasileira. Rio de Janeiro: Editora 34, 2002. p. 167-193.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Estudos Avançados, São Paulo, v. 17, n. 49. p. 117-132, 2003.

CASTILHO, Suely Dulce de. Quilombo contemporâneo: educação, família e culturas. Cuiabá: EdUFMT, 2011. 234 p.

CASTILHO, Suely Dulce de. Sobre os saberes construídos no processo desocialização: os líderes do Movimento Estudantil da UFMT. Cuiabá. In:NOZAKI, Izumi (Org.). Socialização, Educação, Linguagem: códigos e contextos. Campinas: Mercado de Letras, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 50. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das Culturas. Tradução de Fanny Wrobel. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

GIACOMINI, Sônia Maria. Mulher escrava: uma introdução ao estudo da mulher negra no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1988.

GOMES, Nilma Lino. A mulher negra que vi de perto. Belo Horizonte: Mazza, 1995.

GOMES, Nilma Lino Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos ou ressignificação cultural? Rev. Bras. Educ., n.21, p. 40-51, 2002.Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782002000300004>.Acesso em: 30 de out. 2017.

GONZALES, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano, 1988.

Disponível em: <http://www.leliagonzales.org.br>. Acesso em: 15 maio 2016.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos sociais e educação. 3.ed. S. Paulo: Cortez, 1999.

MOREIRA, Nilvaci Leite de Magalhães. Trajetórias de vida de professoras negras da baixada cuiabana/MT. Dissertação (Mestrado em Educação)-Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2013.

MUNANGA, Kabengele. Origem e Histórico do Quilombo na África. Revista USP, São Paulo, n. 28, dez./fev., 1995.

MUNANGA, Kabengele. Origem e histórico dos quilombos em África. In: MOURA, Clóvis (Org.). Os quilombos na dinâmica social do Brasil. Maceió: EDUFAL, 2001.

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

O’DWYER, Eliane Cantarino (Org.). Quilombos: identidade étnica e

territorialidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002. 268 p.

OLIVEIRA, Iolanda de. Espaço docente, representações e trajetórias. In: OLIVEIRA, Iolanda de (Org.). Cor e Magistério. Rio de Janeiro: Quartet; Niterói: EDUUFF, 2006.

PERROT, M. As mulheres ou os silêncios da história. Tradução de V. Ribeiro. Bauru: Edusc, 2005.

PINTO, Regina Pahin. Movimento negro e educação do negro: ênfase na identidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 80, p. 41-50, 1992.

PINTO, Giselle. Situação das mulheres negras no mercado de trabalho: uma análise dos indicadores sociais. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, ABEP, 14., 2006, Caxambú-MG. Anais... Caxambu: Universidade Federal Fluminense. Programa de Pós-Graduação em Política Social,2006. Disponível em: <http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2006/

docspdf/ABEP2006_298.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2015.

RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história. In: PEDRO, Joana Maria; GROSSI, Miriam Pillar (Org.). Masculino, feminino, plural: gênero na interdisciplinaridade. Florianópolis: Mulheres, 1998. p. 21-41.

TAYLOR, Charles. Multiculturalismo. Tradução de Marta Machado. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.

UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). A Infância dos Países em Desenvolvimento. Um Relatório do Unicef. Rio de Janeiro: Edições GRD, 1997.

Downloads

Publicado

2018-06-21

Como Citar

CASTILHO, S. D. de; PEREIRA, L. da S. Trajetória de vida e estratégia de superação de uma professora do Quilombo Chumbo – Poconé-MT. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 27, n. 65/2, p. 591–611, 2018. DOI: 10.29286/rep.v27i65/2.6885. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/6885. Acesso em: 5 nov. 2024.