Apresentação

Autores

  • Beleni Saléte GRANDO beleni.grando@gmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso
  • Tatiane Lebre DIAS tatiane.lebre@cnpq.br
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
  • Luiz Augusto PASSOS passospassos@gmail.com
    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

DOI:

10.29286/rep.v26i62/2.5469

Resumo

A agenda nacional que institui e altera as orientações voltadas ao reconhecimento das diversas formas de educação existentes no país, a Base Nacional Curricular Comum, em 2016, aliada à imposição de Projetos, como a Proposta de Emenda à Constituição 241 (PEC 241) e da Reforma do Ensino Médio, atingem diretamente as comunidades tradicionais e seus jovens. Nessa pauta neoliberal, que visa eliminar possibilidades de inclusão pela educação superior às populações tradicionais, seus saberes e suas identidades, o Programa de Pós-Graduação em Educação assume essa temática e propõe a organização de dois números da edição especial, dispondo-se a refletir que educações, culturas e identidades demandam dos saberes e identidades dos povos indígenas e, a partir de seus saberes, reconhecermos as diversas formas de educação e perspectivas do viver coletivo em terras dominadas pelo agronegócio, como o Cerrado e a Amazônia brasileira, onde se concentram a maioria dos povos indígenas. Nos dois volumes desta edição especial, trazemos como contribuição para o debate autores que conosco refletem a realidade brasileira e sul-americana, dialogando com diferentes campos da ciência para refletir sobre as contribuições dos processos de aprendizagem na relação com o outro, igual e diferente. Essa temática assumida por um Programa de Pós-graduação de Cuiabá, cidade em território bororo tradicional, e ao mesmo tempo, epicentro da América ameríndia, marco geodésico do coração do continente, nos possibilitou uma rara condição ontológica, ao acolher em seu maior evento de Educação – o SemiEdu 2016 – mais de 3.000 pessoas, para juntos, naquele emblemático momento, ouvir o grito dos povos que, em nível mundial, trazem à luz a perversa e cruel condição de povos originários no nosso país, com todos os demais povos do planeta, serem mais do que vencedores e resistentes à cultura da dizimação, expropriação, higienismo, extermínio globalizada em níveis continentais, expulsos por uma 470 subcultura guerreira, mortífera e exterminadora, que tem se valido das armas da informação, do sequestro de direitos de todos os calibres, e de todas as mentiras, para exonerar da vida e expropriar esses povos e suas culturas covardemente. O dramático, contudo, é que vivemos da crassa ignorância acerca da enorme contribuição deles ao planeta. Imemorialmente, eles construíram a Amazônia, seus rios, suas florestas, considerados hoje fonte de perspectivas de vida e morte para todo o planeta em curto prazo.

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Biografia do Autor

Beleni Saléte GRANDO, Universidade Federal de Mato Grosso

Professora da Universidade Federal de Mato Grosso

Doutora em Educação

Tatiane Lebre DIAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

Professora da Universidade Federal de Mato Grosso

Doutora em Educação

 

 

Luiz Augusto PASSOS, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

Professor da Universidade Federal de Mato Grosso

Doutor em Educação

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Publicado

2017-08-21

Como Citar

GRANDO, B. S.; DIAS, T. L.; PASSOS, L. A. Apresentação. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 26, n. 62/2, p. 469–475, 2017. DOI: 10.29286/rep.v26i62/2.5469. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/5469. Acesso em: 4 nov. 2024.