O manifesto dos professores públicos primários da Corte Imperial e a emergência do associativismo docente

Autores

  • Daniel Cavalcanti de Albuquerque Lemos daniel.cavalcanti@ufjf.edu.br
    Universidade Federal de Juiz de Fora - Faculdade de Educação - Programa de pós Graduação em Educação

DOI:

10.29286/rep.v27i64.3037

Palavras-chave:

Manifestos, associativismo, profissionalização docente, História da educação, Escolas primárias.

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir o manifesto dos professores públicos primários da corte, escrito em 1871, e suas relações com o associativismo docente e o processo de profissionalização do magistério. A análise do manifesto fornece possibilidades para pensar as condições de surgimento do movimento de professores, suas formas de organização, reivindicação e atuação. Utiliza-se como fonte para este trabalho o manifesto dos professores públicos primários da Corte, a legislação do período, com destaque para os relatórios do ministro dos negócios do Império e outros escritos de professores, como abaixo-assinados e jornais pedagógicos.

 

Palavras-chave: Manifestos. Educação no Período Imperial. Profissionalização Docente. Escolas Primárias.

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Biografia do Autor

Daniel Cavalcanti de Albuquerque Lemos, Universidade Federal de Juiz de Fora - Faculdade de Educação - Programa de pós Graduação em Educação

Doutor em Educação (2011) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Possui graduação em Pedagogia, com habilitação em Educação de Jovens e Adultos (2003) e Mestrado em Educação (2006) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é Professor Adjunto de História da Educação e do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: história da educação, educação no século XIX, associativismo docente, história e infância.

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Publicado

2017-12-29

Como Citar

LEMOS, D. C. de A. O manifesto dos professores públicos primários da Corte Imperial e a emergência do associativismo docente. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 27, n. 64, p. 203–223, 2017. DOI: 10.29286/rep.v27i64.3037. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/3037. Acesso em: 25 abr. 2024.