Geração à deriva: jovens nem nem e a surperfluidade da força de trabalho no capital-imperialismo

Autores

  • Mariléia Maria da SILVA marileiamaria@hotmail.com
    Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.29286/rep.v25i58.2136


Palavras-chave:

geração nem nem, capital-imperialismo, superfluidade

Resumo

O presente artigo objetiva problematizar o discurso sobre a dita geração nem nem – os assim chamados jovens que não estudam e nem trabalham – com base nos dados divulgados pelo IBGE (2013) e associá-los ao conceito de superfluidade da força de trabalho em Marx (2011). Defende-se que a geração nem nem constitui parte da população excedente a ser preservada em benefício do setor produtivo. Aponta-se que, na perspectiva do capital, é necessário manter uma força de trabalho relativamente supérflua, sem que tal condição se converta em desalento a ponto de ameaçar o próprio desejo da classe trabalhadora de tornar-se mercadoria, ou seja, força de trabalho.

 

Palavras-chave: Geração nem nem. Capital-imperialismo. Superfluidade.

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Biografia do Autor

  • Mariléia Maria da SILVA, Universidade do Estado de Santa Catarina

    Universidade do Estado de Santa catarina

    Departamento de Ciências Humanas. Profesora Associada vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação. Atua no mestrado e no curso de Pedagogia.

    àrea: Educação

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Publicado

2015-12-30

Como Citar

Geração à deriva: jovens nem nem e a surperfluidade da força de trabalho no capital-imperialismo. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 25, n. 58, p. 119–136, 2015. DOI: 10.29286/rep.v25i58.2136. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/2136. Acesso em: 8 mar. 2025.