Organização do trabalho pedagógico em ciclos e práticas avaliativas: a realidade de uma escola
DOI:
10.29286/rep.v26i61.1909Palavras-chave:
Avaliação escolar. Didática. Nota. Progressão continuadaResumo
O estudo evidencia como a avaliação é parte integrante do processo pedagógico da escola organizada em ciclos. Recorre-se à metodologia qualitativa por meio da análise dos documentos da escola, de observações de uma turma e de entrevistas com professores e alunos que a ela se vinculam. Dessa forma, pode-se entender que a organização do trabalho pedagógico em ciclos influencia na forma como a avaliação é executada dentro da escola e, portanto, se a organização muda, algumas lógicas também mudam e exigem que a instituição repense, reconstrua suas bases organizacionais a fim de responder à demanda de uma educação de qualidade.
Palavras-chave: Avaliação escolar. Didática. Nota. Progressão continuada.
Downloads
Referências
ALAVARSE, O. M. A organização do ensino fundamental em ciclos: algumas questões. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, jan./abr. p. 35- 50, 2009.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BERTAGNA, R. H. Ciclos, Progressão continuada e aprovação automática: contribuições para a discussão. Educação: teoria e prática, Rio Claro, v. 18, n. 31, p. 73-86, 2008.
BUORO, E.; TORTELLA, J. C. B. Avaliação para promoção ou para reprovação? Compreensões de estudantes, professores e gestores de uma rede municipal. Revista de Educação Púbica, Cuiabá, v. 24, n. 57, p. 507-523, 2015.
DALBEN, Â. I. L. F. (Org.). Singular ou Plural: eis a escola em questão. Belo Horizonte: GAME/FAE/UFMG, 2000. 124p. v. 1000
______. Conselhos de classe e avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. 3. ed. Campinas: Papirus, 2004.
FERNANDES, C. O. Escola em ciclos: uma escola inquieta – o papel da avaliação. In: ______. (Org.). Ciclos em Revista: a construção de uma outra escola possível. 4. ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008. v. 1.
FERNANDES, D. Para uma teoria da avaliação formativa. Rev. Port. de Educação, Minho, v. 19, n. 2, p. 21-50, 2006.
FETZNER, A. R. Da avaliação classificatória as práticas avaliativas participativas: Essa migração é possível? In: FETZNER, A. R. (Org.). Ciclos em Revista: avaliação, desejos, vozes, diálogos e processos. Rio de Janeiro: Wak, 2008. v. 4.
FREITAS, L. C. Ciclos, seriação e avaliação: confronto de lógicas. São Paulo: Moderna, 2009. ______.Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. 6. ed. Campinas:Papirus,2003.
HOFFMANN, J. Imprecisões da terminologia: o significado do testar e medir. In:______.Avaliação: mito & desafio. 35. ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2005. p.37-52.
JACOMINI, M. A. Os ciclos e a progressão continuada na opinião de pais e alunos. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 27, n. 1, p. 161-180, 2011.
JOÃO, M. H. S. A Escola Plural: uma proposta inovadora. In: DALBEN, A. I. L.F. (Org.). Singular ou plural? Eis a escola em questão. Belo Horizonte: GAME/FAE/UFMG,2000.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: E.P.U., 1986.
MACHADO, L. B.; SANTOS, J. A. L. C. Escola organizada em ciclos: as representações sociais de professores considerados bem-sucedidos. Ensaio: Avaliação Políticas Públicas Educação, Rio de Janeiro, v. 23, n. 89, p. 843-868. 2015.
MAINARDES, J. A pesquisa sobre a organização da escolaridade em ciclos no Brasil (2000-2006): mapeamento e problematizações. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 40, jan./abr. 2009.
MANZINI, E. J. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA E ESTUDOS QUALITATIVOS, 2., 2004, Bauru. Anais... Bauru: Universidade Sagrado Coração, 2004.
MORAES, M. C. O Paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997.
NAIFF, L. A. M.; NAIFF, D. G. M. Organização da escolaridade em ciclos: representações sociais de professores. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 25, n. 3, p. 538-48, 2013.
NEVES, E. R. C.; BORUCHOVITCH, E. A motivação de alunos no contexto da progressão continuada. Psicologia:Teoria e Pesquisa, Brasília, DF, v. 20, n.1, p. 77-85, 2004.
PERRENOUD, P. Ciclos pedagógicos e projetos escolares: é fácil dizer. In: ______. (Org.). A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. p. 179-191.
______. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RAPHAEL, H. S. Avaliação: questão técnica ou política? Estudos em Avaliação educacional, São Paulo, Fundação Carlos Chagas, n.12, jul./dez. 1995.
RIOS, T. A. Compreender e ensinar: por uma docência de melhor qualidade. São Paulo: Cortez, 2002.
STREMEL, S.; MAINARDES, J. Levantamento de teses e dissertações sobre a organização da escolaridade em ciclos no Brasil – 2000 a 2015. Disponível em: <http://www.uepg.br/gppepe>. Acesso em: 8 abr. de 2016.
VIANNA, H. M. Pesquisa em educação: a observação. Brasília DF: Liber Livro Editora, 2007.
XAVIER, M. L. M. Introduzindo a questão do planejamento: globalização, interdisciplinaridade e integração curricular. In:______. DALLAZEN, M. I. (Org.). Planejamento em destaque: análises menos convencionais. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2000.