PRÁTICA PEDAGÓGICA E MÚSICA CONTEMPORÂNEA DE MULHERES NEGRAS BRASILEIRAS: FLOW NZINGA, LARISSA LUZ, NEGA GIZZA E A MÚSICA DE VISIBILIDADE E AFIRMAÇÃO
DOI:
10.29286/rep.v33ijan/dez.17811Palavras-chave:
Prática Pedagógica, Música Contemporânea, Mulheres Negras, EducaçãoResumo
Este artigo examina como o estudo de artistas negras brasileiras de música contemporânea pode ser uma ferramenta pedagógica para criar diálogos dentro dos espaços institucionais educativos, ampliando essas experiências nos espaços públicos. Utilizo teorias de educação como instrumento pedagógico de Paulo Freire e bell hooks, o feminismo negro brasileiro de Djamila Ribeiro e a escrevivência de Conceição Evaristo para analisar “Letras Negras” e “Somos Rainhas” de Larissa Luz e Flow Nzinga, com alguns breves comentários sobre a canção “Prostituta” do rapper Nega Gizza. O estudo discute como essas histórias e expressões musicais ajudam a desenvolver estratégias de combate a sistemas de discriminação e a dar uma visão mais compreensiva da nação.
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