CONSTITUIÇÃO DA DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ENTRE A AUTONOMIA E A REGULAÇÃO

Autores

DOI:

10.29286/rep.v33ijan/dez.16650

Palavras-chave:

Docência na Educação Infantil, Trabalho docente, Regulação, Autonomia docente

Resumo

Este artigo objetiva discutir sobre os limites e possibilidades para o trabalho docente frente a processos de autonomia e regulação no contexto da Educação Infantil. O estudo, de abordagem qualitativa, contempla entrevistas semiestruturadas com seis professoras da Educação Infantil de uma instituição pública municipal. Por meio dos movimentos curriculares protagonizados por docentes em seus contextos de atuação, expõe-se o cerceamento da autonomia docente e evidencia-se que há muito a avançar para conquistar a valorização da docência na Educação Infantil, desde o reconhecimento das professoras e professores como profissionais intelectuais, até ao investimento nas condições objetivas para a docência na área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Kênia Kristina FURTADO, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Professora na Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF); Doutoranda em Educação pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) com período sanduíche (Bolsa PDSE/CAPES) na Universidade do Minho (Portugal); Mestre em Educação pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Graduada em Pedagogia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Integrante do grupo de pesquisa Didática e Formação Docente - GPDD/NAPE (UDESC); Atualmente pesquisa os seguintes temas: Currículo da Educação Infantil; Docência; Autonomia e regulação; Autoria docente.

Anésia Maria Martins FURTADO, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Doutoranda em Educação pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Membro do grupo de estudos e pesquisas: Didática e Formação Docente GPDD/NAPE; Mestra em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Professora da Educação Infantil concursada no município de Florianópolis; Graduada em Pedagogia pela Universidade do Vale do Itajaí (2004); Especialista em Psicopedagogia institucional (Faculdade Decisão); Especialista em Educação Infantil (UFSC); Atualmente pesquisa os seguintes temas: Formação Continuada dos/as professores/as na Educação Básica; Cotidiano e intencionalidade pedagógica na Educação Infantil; Docência compartilhada na Educação Infantil; Hora Atividade na Educação Infantil.

Alba Regina Battisti de SOUZA, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Licenciada em Pedagogia. Especialista em Fundamentos do Magistério. Mestre em Educação. Doutora em Engenharia de Produção. Estágio pós-doutoral em Educação. Professora Associada do Departamento de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação do Centro de Ciências Humanas e da Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina - FAED/Udesc. Na Educação Básica possui experiência docente no Ensino Fundamental e no curso de Magistério. Na Educação Superior, desde 1993, atua em cursos de formação continuada e de aprimoramento nas áreas de Metodologia do Ensino Superior, Didática, Prática de Ensino, Pesquisa e Educação e Trabalho de Conclusão de Curso. Ministra disciplinas na Graduação e Pós-Graduação em áreas da Pesquisa em Educação, Didática, Planejamento Educacional, Processos de Avaliação e Estágio Curricular Supervisionado. Desenvolve ações de extensão, pesquisas e artigos sobre formação e atuação docente; Práticas pedagógicas em espaços escolares e não escolares. Foi coordenadora de área do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência - PIBID - de 2011 a 2018 e a partir de 2018 até 2022 participou do Programa de Residência Pedagógica na coordenação do projeto do curso de Pedagogia da FAED/Udesc. Atualmente é Coordenadora do Laboratório e Grupo de pesquisa Didática e Formação Docente - CNPq/NAPE/Udesc e representante da Região Sul da Associação Nacional de Didática e Práticas de Ensino (ANDIPE).

Referências

APPLE, Michael W. Trabalho docente e textos: economia política das relações de classe e de gênero na educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

BARBOSA, Maria Carmem S. Práticas cotidianas na educação infantil: bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. In: Projeto de Cooperação Técnica (MEC; UFRGS) para a construção de orientações curriculares para a educação infantil. 2009. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Características da investigação qualitativa. In: investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: porto. 1994.

CAMPOS, Roselane de Fátima; DURLI, Zenilde; CAMPOS, Rosânia. BNCC e privatização da Educação Infantil: Impactos na formação de professores. Revista Retratos da escola, Brasília, vol 13 n 25, p. 169-185, 2019. Disponível em: https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/962/pdf

CERISARA, Ana Beatriz. Professoras de Educação Infantil: Entre o feminino e o profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

CHAUÍ, Marilena de Souza. Escritos sobre a universidade. São Paulo: UNESP, 2001.

CONTRERAS, José. Autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2002.

FERNANDES, Florestan. A formação política e o trabalho do professor. In: CATANI, Denice B. et al (Org.). Universidade, escola e formação de professores. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 1987.

FRANCO, Maria Laura P. B. Análise de conteúdo. Brasília: Plano, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: Um reencontro com a pedagogia do oprimido. 25. ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2019.

FREIRE, Paulo. Professora, sim; Tia, não: cartas a quem ousa ensinar. 26. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2016.

KRAMER, Sonia. Infância, cultura contemporânea e educação contra a barbárie. Brasil, jul. 2000. Disponível em: https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/article/viewFile/23857/16830. Acesso em: 10 fevereiro 2023.

KUHLMANN JR., Moysés. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.

MARTINS FILHO, Altino José. Minúcias da vida cotidiana no fazer-fazendo da docência na Educação Infantil. Florianópolis: Insular, 2020.

MARTINS FILHO, Altino José. Minúcias da vida cotidiana na prática docente. In: MARTINS FILHO, Altino José; DORNELLES, Lenir Vieira. Lugar da criança na escola e na família: a participação e o protagonismo infantil. Porto Alegre: Mediação, 2018.

MOREIRA, Jani Alves da Silva. Políticas para a educação infantil e a agenda E2030 no Brasil. Revista FAEEBA de Educação Contemporânea, Salvador, v. 28, n. 54, p. 77-96, jan./abr. 2019.

NÓVOA, Antônio. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. In: Cadernos de pesquisa, [s.l.], v. 47, n. 166. out./dez. 2017. p. 1106-1133.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Encontros e encantamentos na educação infantil. Campinas: Papirus, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido. De professores, pesquisa e didática. Campinas: Papiros, 2002.

SHIROMA, Eneida Oto. Política de Profissionalização: aprimoramento ou desintelectualização do professor? In: Revista do Mestrado em Educação. Campo Grande, v. 9, n. 17, p. 64-83, 2003.

TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2005. Tradução de João Batista Kreuch.

Downloads

Publicado

2024-08-12

Como Citar

FURTADO, K. K.; FURTADO, A. M. M.; SOUZA, A. R. B. de. CONSTITUIÇÃO DA DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ENTRE A AUTONOMIA E A REGULAÇÃO. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 33, n. jan/dez, p. 404–427, 2024. DOI: 10.29286/rep.v33ijan/dez.16650. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/16650. Acesso em: 14 dez. 2024.