O CURRÍCULO ENTRE PEDAGOGIAS (NEM TÃO) TRADICIONAIS E A DIFERENÇA
DOI:
10.29286/rep.v32ijan/dez.16357Palavras-chave:
Escola, Pedagogias Tradicionais, Filosofia da Diferença, CurrículoResumo
Considerando pedagogias tradicionais e não diretivas, bem como os aportes teóricos da filosofia da diferença, este ensaio se insinua sobre a problematização curricular que valoriza a não diretividade em sua dimensão acontecimental. Assim, propõe um afastamento do discurso senso comum sobre as pedagogias não diretivas se caracterizarem pela figura de “professores facilitadores”, por “protagonismos estudantis” ou por “flexibilidades curriculares”, ao valorizar as potências da diferença a partir de agenciamentos curriculares no bojo de tais pedagogias. Nesse sentido, dá a ver a necessidade do abandono de currículos-máquinas-neuróticas e a adoção de currículos-rizomas na constituição de micropolíticas que valorizem singularidades em educação.
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