Autonomia docente frente à BNCC: narrativas de professores que ensinam matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29286/zqnkf657


Palavras-chave:

Autonomia docente, Professor que ensina matemática, Prescrições curriculares.

Resumo

Este trabalho visa conhecer a percepção sobre a BNCC de cinco professores que ensinam matemática e compreender como eles analisam sua autonomia. Utilizou-se a entrevista narrativa para a produção de dados. O texto apoia-se nas perspectivas teóricas de José Contreras e Paulo Freire. Na análise compreensivo-interpretativa, buscou-se atribuir sentidos às vozes dos professores. Concluiu-se que não é possível estabelecer um ambiente de autonomia com a implementação de um documento prescritivo, normativo e nacional que impede o professor de exercer uma prática reflexiva e coletiva no seu contexto de trabalho. 

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Biografia do Autor

  • Natália Raquel Brisolla OLIVEIRA, Universidade São Francisco (USF)

    Doutorado em Educação pela Universidade São Francisco (2024). Mestrado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2016). Graduação em Química pela Universidade São Francisco - Bragança Paulista (2007) e graduação em Matemática pela Universidade Metropolitana de Santos (2013). Professora de matemática da Prefeitura Municipal de Extrema (2024), professora de química efetivo - Colégio Logus Mackenzie Extrema e professor de química efetivo - SESI - Departamento Regional de Minas Gerais.

  • Adair Mendes NACARATO, Universidade São Francisco (USF)

    Graduada em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1975), mestre em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1994) e doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Realizou estágio de pós-doutoramento junto ao PPGE da UFRN no campo dos estudos biográficos, sob supervisão da Profa. Dra. Maria da Conceição Passeggi. É docente da Universidade São Francisco, campus de Itatiba, no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação (linha de pesquisa Formação de professores, trabalho docente e práticas educativas) e no curso de Pedagogia. Atualmente exerce a função de coordenadora do Programa de Pós-Graduação (biênio 2024-2025). É editora de seção do periódico Horizontes (a partir de 2024). Atuou em funções como: coordenadora do Programa de Pós-graduação USF (2004-2006); coordenadora de um Programa Minter USF/FAE (2006-2008); coordenadora do Programa de Iniciação Científica USF (2010-2011); coordenadora do GT7 Formação de Professores/SBEM (2003-2006); coordenadora do GT19 Educação Matemática/Anped (2008-2009); membro do comitê científico da Anped (2011-2015); editora da Revista Horizontes (2015-2024). Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação matemática, formação de professores, prática pedagógica e narrativas (auto)biográficas. É líder dos grupos de pesquisa: Grupo Colaborativo em Matemática (Grucomat) e Histórias de Formação de Professores que Ensinam Matemática (HIFOPEM). É pesquisadora produtividade/CNPq, nível B. 

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Publicado

2025-11-05

Como Citar

Autonomia docente frente à BNCC: narrativas de professores que ensinam matemática. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 34, n. jan/dez, p. 502–526, 2025. DOI: 10.29286/zqnkf657. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/15930. Acesso em: 5 dez. 2025.