A IMAGEM DO PROFESSOR NOS TEMPOS DA RELAÇÃO COMPUTACIONAL UBÍQUA

Autores

DOI:

10.29286/rep.v31ijan/dez.13405

Palavras-chave:

Imagem do professor, Cultura Digital, Computação Ubíqua, Autoridade

Resumo

O autor do artigo tem como objetivo refletir sobre as características da imagem do professor nos tempos da chamada relação computacional ubíqua. Historicamente, observa-se que o professor, de forma geral, foi identificado como figura de autoridade decisiva para o aluno. Mas, será que tal identificação desta imagem do professor prevalece no contexto da cultura digital? Por meio da análise de produções clássicas e contemporâneas sobre esta questão, foi possível concluir que o professor e os alunos precisam ressignificar conjuntamente suas identidades, principalmente na sociedade cujo acesso a todas as informações pode ser feito em quaisquer espaços e tempos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Antônio Alvaro Soares ZUIN , Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

Professor-Titular do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de São Carlos. Possui Graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1989), Mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (1993), Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1998), com Estágio Doutoral na Universidade Johann Wolfgang von Goethe, Alemanha (Bolsa do DAAD - Serviço alemão de intercâmbio acadêmico) e Pós-Doutorados em Filosofia da Educação pela Universidade de Leipzig, Alemanha, com bolsas CAPES e FAPESP, Psicologia da Educação pela Universidade de York, Inglaterra, com bolsas FAPESP e CAPES, e Sociologia da Educação pela Universidade Johann Wolfgang von Goethe, Alemanha, com bolsa CAPES/PRINT. Foi Chefe do Departamento de Educação da UFSCar no período de agosto de 2000 a setembro de 2002 e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar no período de dezembro de 2010 a agosto de 2011. No período de setembro de 2011 a maio de 2013 foi vice-coordenador do mesmo programa de pós-graduação. Recebeu vários recursos da FAPESP, tais como auxílio para pesquisa, auxílio para publicação de livro, bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado e auxílio para a realização de congressos internacionais. Foi Coordenador dos 24 Comitês Científicos da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) durante o período de outubro de 2010 a outubro de 2012. É Editor-chefe da revista: "Educação e Sociedade" (CEDES/UNICAMP) e membro do conselho editorial da revista "Pädagogische Korrespondenz" (Frankfurt am Main, Alemanha). Recebeu o prêmio de menção honrosa, referente ao 5o. Prêmio ABEU 2019 (evento promovido pela Associação Brasileira das Editoras Universitárias), pela publicação do livro: "Publique, apareça ou pereça: produtivismo acadêmico, pesquisa administrada e plágio nos tempos da cultura digital", que foi escrito em parceria com Lucídio Bianchetti e Obdália Ferraz. É bolsista-pesquisador do CNPq desde 2003, Assessor da FAPESP desde 2000 e da CAPES desde 2012. No período de janeiro de 2014 a março de 2015 foi professor-visitante do Departamento de Educação da Universidade de York, Inglaterra, por meio dos programas de Intercâmbio com Grupos de Pesquisa do Exterior promovido pela FAPESP (BPE) e do programa Estágio Sênior no Exterior promovido pela CAPES. No período de março a agosto de 2020 foi professor-visitante do Departamento de Educação da Universidade Johann Wolfgang von Goethe, Frankfurt, Alemanha, por meio do programa Estágio Sênior no Exterior promovido pela CAPES. Membro suplente do Conselho Técnico-Científico do CEDES/UNICAMP. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Filosofia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Cyberbullying, Tecnologias digitais e educação, Teoria Crítica e educação, Violência e Educação.

Referências

ADORNO, T. W. “Tabus a respeito do professor”. In: ZUIN, A., PUCCI, B. & RAMOS-DE-OLIVEIRA, N. Adorno: o poder educativo do pensamento crítico. 4ª. edição. Petrópolis: Vozes, 2000.

AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

DEWEY, J. L’école et l’enfant. Paris: Delachaux & Niestlé, 1947.

DURKHEIM, E. A educação moral. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.

FLOREDI, L. & SANDERS, J.W. On the morality of artificial agents. Minds and Machines, August 2004, p.1-23.

GLOTZ, P., BERTSCHI, S. & LOCKE, C. Thumb culture: the meaning of mobile phones for society. Bielefeld: Transcript Verlag, 2005.

GOGGIN, G. Cell phone culture: mobible technology in everyday life. London & New York: Routledge – Taylor and Francis group, 2007.

GREENGARD, S. Virtual reality. Cambridge, Massachusetts: MIT press, 2019.

LAPLANCHE, J. & PONTALIS, J.B. Vocabulário de psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

LEGRAS, B. “Violence ou douceur. Les normes éducatives dans lês sociétés grecque et romaine”. In. VERGER, J. Historie de L’education. Paris: Institut National de Recherche Pédagogique, n.118, Avril-Juin p.11-35, 2008.

LOCKE, J. Pensamientos sobre la educación. Madrid: Akal bolsillo, 1986.

LOH, J. Roboterethik: eine Einführung. Berlin: Suhrkamp Verlag, 2019.

KANT, I. Idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. São Paulo: editora Brasiliense, 1986.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. Porto: Porto editora, 1995.

KANT, I. Sobre a pedagogia. Piracicaba: editora da UNIMEP, 1996.

KERSCHENSTEINER, G. Die Seele des Erziehers und das Problem der Lehrerbildung. Wiesbaden: Springer Fachmedien, 1927.

MANACORDA, M. A. História da educação: da antiguidade aos nossos dias. São Paulo: editoras Cortez e Autores Associados, 1989.

MARCUSE, H. Tecnologia, guerra e fascismo. São Paulo: editora da Unesp, 1999.

MAU, S. The metric society: on the quantification of the social. Cambridge: Polity press, 2019.

MITSCHERLICH, A. Auf dem Weg zur vaterlosen Gesellschaft. Weinheim, Basel, Berlin: Beltz Taschenbuch, 2003.

MONTAIGNE, M. De. Os Ensaios, livro 1. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

POSTMAN, N. O Desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Graphia editorial, 2005.

ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da educação. Rio de Janeiro: editora Bertrand Brasil, 1992.

TÜRCKE, C. Erregte Gesellschaft: Philosophie der Sensation. München: C. Beck, 2002.

TÜRCKE, C. Digitale Gefolgshaft: auf dem Weg in eine neue Stammesgesellchaft. München: C.H. Beck Verlag, 2019.

WILLIANSON, B. Moulding student emotions through computational psychology: affective learning technologies and algorithmic governance. Educational Media International, [S.l.], v. 54, n. 4, p. 267-288, 2017.

ZUIN, A. A. S. Cyberbullying contra professores: dilemas da autoridade dos educadores na era da concentração dispersa. São Paulo: Edições Loyola, 2017.

ZUIN, A. A. S. Fúria narcísica entre alunos e professores: as práticas de cyberbullying e os tabus presentes na profissão de ensinar. São Carlos: EDUFSCar, 2021.

ZHANG, T. The Internet of things promoting higher education revolution. Fourth International Conference on Multimedia Information Networking and Security, Guangzhou, vol.1, p.790-793, 2012. Acesso em 10 jun.2021.

Downloads

Publicado

2022-06-29

Como Citar

ZUIN , A. A. S. A IMAGEM DO PROFESSOR NOS TEMPOS DA RELAÇÃO COMPUTACIONAL UBÍQUA. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 31, n. jan/dez, p. 1–19, 2022. DOI: 10.29286/rep.v31ijan/dez.13405. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/13405. Acesso em: 20 abr. 2024.