CORPOS QUE RESISTEM: ALGUMAS REFLEXÕES ACERCA DA ESCOLA COMO LUGAR DA DISCIPLINA
Palavras-chave:
Disciplina, Educação, Corpos que resistem, Gênero, SexualidadesResumo
O presente artigo tem como objetivo trazer algumas reflexões acerca do espaço escolar como local de produção de saberes que, ao fazerem o uso de dispositivos disciplinares, contribuem para a constituição de corpos docializados e úteis a um sistema de dominação hegemônico e que acabam por possibilitar a existência de corpos resistentes. Numa perspectiva teórico-metodológica que perpassa por alguns caminhos trilhados pelas teorias pós-críticas e teoria queer, empreenderemos algumas discussões tomando-se como referência pesquisas realizadas em escolas de Cuiabá. Análises acerca da relação entre Gênero, Sexualidades e Educação é nosso objeto, que visa desconstruir pensamentos conservadores que impossibilitam corpos resistentes.
Downloads
Referências
ALVES, L. R. G.; PRETTO, N. Escola: um espaço de aprendizagem sem prazer. Revista Comunicação & Educação, São Paulo, 16, p. 29-35, 1999. Disponível em: https://egroupware.ufba.br/~pretto/textos/criancas.htm. Acesso em: 05 abr. 2019.
BADINTER, E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BENTO, B. A Reinvenção do Corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
BUTLER, J. “Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo””. In: Louro, Guacira (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autentica, 2015.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CARDOSO, L. R.; SANTOS, J. Relações de gênero em um currículo de matemática para os anos iniciais: quantos chaveiros ele tem? Ensino Em Re-Vista, Uberlândia/MG, v. 21(2), p. 341-352, 2014. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/28030. Acesso em: 12 nov. 2018.
COLLING, L. Gênero e sexualidade na atualidade. Salvador: UFBA, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências; Superintendência de Educação a Distância, 2018.
FERNANDES, L. A. B. Da Masculinidade. Revista Epistheme, Coromandel, v. 1, n. 1, Faculdade Cidade de Coromandel, 2011.
FORQUIN, J. C. Escola e cultura: as bases sociais e epistemologias do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2017.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 42. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
FOUCAULT, M. O que é a crítica? Disponível em: http://portalgens.com.br/portal/images/stories/pdf/critica.pdf. Acesso em: 14 maio 2011, 1978.
FOUCAULT, M. El sujeto y el poder. http://148.202.18.157/sitios/catedrasnacionales/material/2010a/martin_mora/3.pdf. Disponível em: Acesso em: 13 jul. 2019.
FOUCAULT, M. “A ética do cuidado de si como prática da liberdade”. In: MOTTA, Manoel Barros da. Foucault: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
FOUCAULT, M. “Verdade, poder e si mesmo”. In: MOTTA, Manoel Barros da. Foucault: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense, 2006.
FOUCAULT, M. História da Sexualidade. A Vontade de Saber. 11. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1988. v. 1.
FREIRE, P. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Ed. Unesp, 1976.
FREIRE, P. “Ideologia de gênero” e a política de educação no Brasil: exclusão e manipulação de um discurso heteronormativo. ex aequo, Lisboa, n. 37, 2018. Disponível em: http://dx.doi.org/10.22355/exaequo.2018.37.03. Acesso em: 03 jan. 2019.
FREYRE, G. Casa-grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. Apresentação de Fernando Henrique Cardoso. 481. ed. rev. São Paulo: Global, 2003. (Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil).
GOMES, N. Educação, raça e gênero: relações imersas na alteridade. Cadernos Pagu, Campinas, (6-7), p. 67-82, 1996. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1862. Acesso em: 08 nov. 2018.
GOMES, N. “Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre as relações raciais no Brasil: uma breve discussão”. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal n. 10.639/03, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. Coleção Educação para Todos. Ed. MEC/BID/UNESCO. Disponível em: https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2017/03/Alguns-termos-e-conceitos-presentes-no-debate-sobre-Rela%C3%A7%C3%B5es-Raciais-no-Brasil-uma-breve-discuss%C3%A3o.pdf. em: Acesso em: 06 nov. 2018.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
LOURO, G. L. O corpo educado: pedagogia da sexualidade. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
LOURO, G. L. Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica: 2008.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 6. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
LOURO, G. L. Teoria queer: uma política pós-identitária para a educação. Revista de Estudos Feminista. [online], v. 9, n.2, p.541-553, 2001. ISSN 0104-026X. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2001000200012&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 15 abr. 2018.
LOURO, G. L. “Heteronormatividade e homofobia”. In: JUNQUEIRA, Rogério Diniz (org.). Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. (Coleção Educação para Todos). Brasília, 2009. Disponível em: http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_volume32_diversidade_sexual_na_educacao_problematizacoes_sobre_a_homofobia_nas_escolas.pdf. Acesso em: 2 jul. 2019.
MISKOLCI. R. Marcas da Diferença no Ensino Escolar. São Carlos: EdUFSCar, 2010.
MISKOLCI. R. Exorcizando um fantasma: os interesses por trás do combate à “ideologia de gênero”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 53, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8653409. Acesso em: 18 abr. 2020.
PARAÍSO, M. A. Currículo e relações de gênero: entre o que se ensina e o que se pode aprender. Revista Linhas, Florianópolis, v. 17, n. 33, p. 206-237, jan./abr. 2016.Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1984723817332016206. Acesso em: 08 fev. 2019.
PILETTI, N. História da educação. São Paulo: Ática, 1996.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. l5, n. 2, jul./dez. 1990. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721. Acesso em: 06 abr 2019.
SEDGWICK, E. K. A Epistemologia do Armário. Tradução de Plinio Dentzien. Cadernos Pagu, Campinas, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/cpa/n28/03.pdf. Acesso em: 12 jun. 2018.
SILVA, T. T. da (org.); HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Tradução de Tomaz Tadeu da Silva. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
SILVA, T. T. da. Documentos de Identidade: Uma Introdução às Teorias de Currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2010.
English
Español (España)
Português (Brasil)
