DA CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ÀS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM TEMPOS DE ENSINO REMOTO
A BUSCA DA LEGITIMIDADE NO PÓS-PANDEMIA
DOI:

Palavras-chave:
Educação Física Escolar, Ensino Remoto, Práticas Pedagógicas, Práticas Corporais, Pós-pandemiaResumo
O objetivo deste ensaio tem seu foco na constituição histórica do conhecimento da área refletindo sobre as experiências pedagógicas que acontecem no momento de pandemia nas aulas de Educação Física escolar, na tentativa de compreender quais “Educações Físicas escolares” estamos vivendo e quais os possíveis rumos que elas podem tomar no pós-pandemia. Tais reflexões trouxeram três temas que podem ajudar o debate sobre a legitimidade da área no pós-pandemia, sendo: o cuidado com o aspecto social de cada estudante, a utilização das tecnologias educacionais como meio de problematização das práticas corporais e as vivências dos gestos das manifestações da cultura corporal com sentido e significado, deixando de lado a reprodução de movimentos de forma instrumental. Assim, compreendemos que muitas Educações Físicas críticas e libertadoras estão acontecendo durante a pandemia viabilizadas por docentes que buscam tornar o pedagógico intencionalmente político, almejando que os(as) estudantes sejam cidadãos(ãs) reflexivos(as) e ativos(as) no mundo.
Referências
ARROYO, Miguel González. Currículo, território em disputa. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista mackenzie de educação física e esporte, v. 1, n. 1, p. 73–81, 2002.
BRACHT, Valter. Educação física e ciência: cenas de um casamento (in)feliz. Revista brasileira de ciências do esporte, v. 22, n. 1, p. 53-63, set., 2000.
______. A educação física brasileira e a crise da década de 1980: entre a solidez e a liquidez. In: MEDINA, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo... e “mente”: novas contradições e desafios do século XXI. 26. ed. Campinas, SP: Papirus, 2013.
______. Educação física e ciência: cenas de um casamento (in)feliz. 4. ed. Ijuí, RS: Unijuí, 2014.
______. A educação física escolar no Brasil: o que ela vem sendo e o que pode ser (elementos de uma teoria pedagógica para a educação física). Ijuí, RS: Unijuí, 2019.
BRACHT, Valter; GONZÁLEZ, Fernando Jaime. Educação física escolar. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime; FESNTERSEIFER, Paulo Evaldo. Dicionário crítico da educação física. 3. ed. Ijuí, RS: Unijuí, 2014.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se conta. Campinas, SP: Papirus, 1988.
DARIDO, Suraya Cristina. Educação física na escola: realidade, aspectos legais e possibilidades. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Prograd. Caderno de formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.
DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 51. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
______. Educação como prática da liberdade. 46. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2020.
GIROUX, Henry. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1997.
GODOI, Marcos; KAWASHIMA, Larissa Beraldo; GOMES, Luciane de Almeida. “Temos que nos reinventar”: os professores e o ensino da educação física durante a pandemia de COVID-19. Dialogia, n. 36, p. 86-10, set./ dez., 2020.
LEITÃO, Arnaldo Sifuentes; ABREU, Samara Moura Barreto; SPOLAOR, Gabriel da Costa. A educação física escolar brasileira em contexto pandêmico: experiências de desterritorialozação e reterritotialização. In: REYES, Alixon; ROMERO, Carlos. Educación física en tiempos de pandemia y confinamento: experiencias pedagógicas y reflexiones. Chillán, Chile: Universidad Adventista de Chile/ Universidad de Cundinamarca, 2021.
MACHADO, Roseli Belmonte e colaboradores. Educação física escolar em tempos de distanciamento social: panorama, desafios e enfrentamentos curriculares. Movimento, v. 26, p. 1-16, e26081, 2020.
MALDONADO, Daniel Teixeira; FARIAS, Uirá de Siqueira; NOGUEIRA, Valdilene Aline. Educação física e linguagem: por uma ecologia de saberes das práticas corporais na educação básica. In: MALDONADO, Daniel Teixeira; FARIAS, Uirá de Siqueira; NOGUEIRA, Valdilene Aline. Linguagens na educação física escolar: diferentes formas de ler o mundo. Curitiba, PR: CRV, 2021.
NEIRA, Marcos Garcia. Práticas corporais: brincadeiras, danças, lutas, esportes e ginásticas. São Paulo: Melhoramentos, 2014.
NEIRA, Marcos; NUNES, Mario Luiz. Ferrari. Currículo cultural, linguagem, códigos e representação: uma proposta para a produção de outras formas de fazer, ver e dizer a respeito de si, das práticas corporais e seus praticantes. In: MALDONADO, Daniel Teixeira; FARIAS; Uirá de Siquera; NOGUEIRA, Valdilene Aline. Linguagens na educação física escolar: diferentes formas de ler o mundo. Curitiba, PR: CRV, 2021.
NEIRA, Marcos Garcia; NUNES, Mario Luiz Ferrari. Educação física, currículo e cultura. São Paulo: Phorte, 2009.
______. Linguagem e cultura: subsídios para uma reflexão sobre a educação do corpo. Caligrama, v. 3, n. 3, p. 1-16, 2007.
POLITTO, Biana. MALDONADO, Daniel Teixeira. Educação física no ensino médio no campus São Paulo do IFSP em tempos de pandemia. Revista de educação física, saúde e esporte, v. 4, n. 1, p. 225-242, abr., 2021.
VAREA, Valeria; GONZÁLEZ-CALVO, Gustavo. Touchless classes and absent bodies: teaching physical education in times of covid-19. Sport, education and society, v. 25, n. 8, p. 831-845, 2020.
VIEIRA, Douglas Alencar e colaboradores. A perspectiva do professor de educação física para as aulas no contexto da pandemia de covid-19. Revista eletrônica nacional de educação física, v. 11, n. 16, p. 45-66, jan., 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Corpoconsciência

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
-
A Revista Corpoconsciência da Universidade Federal de Mato Grosso está licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional. Baseado no trabalho disponível em https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/corpoconsciencia/index.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).