Quem enxerga a criança trans? Memórias de um menino transgressor
DOI:
10.31560/2595-3206.2020.9.10265Resumo
Um resgate de memórias de um menino transgênero, que sobreviveu as pedagogias corretivas de gênero impostas pela heterocisnormatividade. Seguindo a provocação de Preciado (2013) e Sedgwick (1991) em olhar nossas infâncias, e como este processo pode ter sido violento, doloroso e silenciado. Corpos ditos transgressores de gênero e sexualidade, marginalizados e silenciados em espaços públicos e privados, impossibilitando a criança o amadurecimento e vivência de sua identidade e subjetividade. Essa análise se faz dentro de uma perspectiva fenomenológica pós-estruturalista. Um resgate do passado para que se possa entender e curar o presente, para finalmente, libertar a criança que foi mantida presa por muitos anos e lutar para que outras crianças possam sobreviver e viver sua identidade livremente.
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