FLORA E ESTRUTURA DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA NOS ESTADOS DA PARAÍBA E PERNAMBUCO

Authors

  • Maria do Carmo Learth Cunha c.learth@uol.com.br
    Universidade Federal de Campina Grande
  • Manoel Cláudio da Silva Júnior mcsj@unb.br
    Universidade de Brasília

DOI:

10.31413/nativa.v2i2.1554

Abstract

Este estudo objetivou determinar afinidades entre esta e outras 17 comunidades florestais de Pernambuco e Paraíba. Foram realizadas classificação por UPGMA e TWINSPAN; teste t de Mantel para testar a influência das distâncias geográficas na similaridade entre as comunidades e análise de espécies indicadoras de habitats. Testou-se a hipótese de que a isoieta de 1.000 mm separa florestas úmidas das secas. Os resultados evidenciaram o grupo das florestas úmidas (FU) representadas por Ombrófilas Submontanas e Estacionais de Terras Baixas e o das florestas secas (FS) incluindo as Estacionais Montanas e de Transição Savana Estépica-Florestas Montanas, com similaridade entre as fitofisionomias relacionadas ás distâncias geográficas entre elas. A heterogeneidade florística apontou similaridade mediana de Sørensen de 0,21. A isoieta de 1.000 mm e o número de meses secos são condições ecológicas que explicam e corroboram as diferenças nos padrões florísticos encontrados. O estudo apontou dez espécies com preferências significativas pelas fitofisionomias testadas, exceto para as Florestas Estacionais Semidecíduas Montanas. Os baixos níveis de similaridade com as comunidades florestais comparadas apontam a singularidade florística e estrutural na Floresta Estacional Semidecidual Montana do Pico do Jabre.

Palavras chave: análise de similaridade, teste t de Mantel, espécies indicadoras de habitat.

 

FLORA AND STRUCTURE OF SEASONAL SEMIDECIDUOUS MONTANE FOREST IN PARAIBA AND PERNAMBUCO STATES

ABSTRACT

This study aimed to assess affinities among that and 17 other forest communities in Paraiba and Pernambuco. It was used UPGMA, TWINSPAN analysis, Mantel’s t test to assess geographical distance influences in similarities between communities and analysis to detect habitat indicator species. The hypothesis that suggests that the 1.000 mm isohyet split humid and dry forests in the Northeast region was tested. Results pointed out a Wet Forest (FU) group including Submontane Ombrophilous and Low Land Seasonal Forests, and a Dry Group (FS) which included Montane Seasonal Forests and Savanna-montane Forest Transition areas. The floristic heterogeneity showed 0.21 Sørensen average similarities. The 1.000 mm isohyet and the number of dry months explained the floristic patterns established. Mantel’s t test showed that similarities were related to geographical distances. The indicator species analyses pointed out ten species with significant preference to the phyto physiognomy tested, except for Seasonally Dry Montane Forests. The low similarity levels with all forest communities compared pointed out the floristic singularity registered at the Pico do Jabre Montane Seasonal Forest.

Keywords: similarity analysis, Mantel´s T test, habitat indicator species.

DOI: http://dx.doi.org/10.14583/2318-7670.v02n02a06

Author Biographies

Maria do Carmo Learth Cunha, Universidade Federal de Campina Grande

Dra. Ciências Florestais. Profa. Associado II da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal/Universidade Federal de Campina Grande.

Áreas de atuação: sementes florestais, viveiros florestais, análise de vegetação. Bioma Caatinga.

Manoel Cláudio da Silva Júnior, Universidade de Brasília

PhD. Prof. Titular do Departamento de Engenharia Fslorestal/Universidade de Brasília.

Áreas de atuação: dendrologia, ecologia, análise de vegetação. Bioma Cerrado

References

ANDRADE-LIMA, D. The caatinga dominium. Brazilian Journal of Botany, São Paulo, v.4, n.1, p.149-153, jan./mar. 1981.

ANDRADE, L. A. et al. Análise florística e estrutural de matas ciliares ocorrentes em brejo de altitude no município de Areia, Paraíba. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, Recife, v.1, n.1, p.31-40, jan./mar. 2006.

ANDRADE, K. V. S. A. et al. Composição florística de um trecho do Parque Nacional do Catimbau, Buíque, Pernambuco – Brasil. Hoehnea, São Paulo, v.31, n.3, p.337-348, jul./set. 2004.

ANDRADE, K. V. S.; RODAL, M. J. N. Fisionomia e estrutura de um remanescente de floresta estacional semidecidual de terras baixas no nordeste de Brasil. Brazilian Journal of Botany, São Paulo, v.27, n.3, p.463-474, jul./set. 2004.

BARBOSA, M. R. V. Estudo florístico e fitossociológico da Mata do Buraquinho, remanescente de mata atlântica em João Pessoa, PB. 1996. 135f. Tese (Doutorado em Ciências) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.

DUFRÊNE, M.; LEGENDRE, P. Species assemblages and indicator species: the need for a flexible asymmetrical approach. Ecological Monographs, Ithaca, v.67, n.3, p.345-366, ago. 1997.

FERRAZ, E. M. N. et al. Floristic similarities between lowland and montane areas of Atlantic Coastal Forest in Northeastern Brazil. Plant Ecology, Dordrecht, v.174, n.1-2, p.59-70, mar. 2004.

FERRAZ, E. M. N. et al. Physiognomy and structure of vegetation along an altitudinal gradient in the semi-arid region of northeastern Brazil. Phytocoenologia, Stuttgart, v.33, n.1, p.71-92, mar. 2003.

KENT, M; COKER, P. Vegetation description and analysis - a practical approach. London: Wiley & Sons, 1992. 363p.

LIMA, J. R. et al. Composição florística da floresta estacional decídua montana de Serra das Almas, CE, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v.23, n.3, p.756-763, jul./set. 2009.

LOPES, C. G. R. et al. Physiognomic-structural characterization of dry and humid-forest fragments (Atlantic Coastal Forest) in Pernambuco state, NE Brazil. Plant Ecology, Dordrecht,v.198, n.1, p.1-18, jan. 2008.

MACHADO, E. L. M. et al. Análise comparativa da estrutura e flora do compartimento arbóreo-arbustivo de um remanescente florestal na fazenda Beira Lago, Lavras, MG. Revista Árvore, Viçosa, v.28, n.4, p.499-516, jul./ago. 2004.

MELO, J. I. M.; RODAL, M. J. N. Levantamento florístico de um trecho de floresta serrana no planalto de Garanhuns, estado de Pernambuco. Acta Scientiarum: Biological Sciences, Maringá, v.25, n.1, p.173-178, jan./mar. 2003.

MOURA, F. B. P.; SAMPAIO, E. V. S. B. Flora lenhosa de uma mata serrana semidecídua em Jataúba, Pernambuco. Revista Nordestina de Biologia, João Pessoa, v.15, n.1, p.77-89, jan./jun. 2001.

NASCIMENTO, L. M.; RODAL, M. J. N. Fisionomia e estrutura de uma floresta estacional montana do maciço da Borborema, Pernambuco-Brasil. Revista Brasileira de Biologia, São Carlos, v.31, n.1, p. 27-39, jan./mar. 2008.

OLIVEIRA-FILHO A. T.; FONTES, M. A. L. Patterns of floristic differentiation among Atlantic Forest in Southeastern Brazil and the influence of climate. Biotropica, Washington, v.32, n.4, p.793-810, dez. 2000.

PEREIRA, I. M. et al. Composição florística e análise fitossociológica do componente arbustivo-arbóreo de um remanescente florestal no agreste paraibano. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v.16, n.3, p.357-369, jul./set. 2002.

PEREIRA, M. S.; ALVES, R. R. N. Composição florística de um remanescente de Mata Atlântica na área de proteção ambiental Barra do Mamamguape, Paraíba, Brasil. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v.6, n.1, p.357-366, jan./jun. 2006.

RODAL, M. J. N. et al. Do the seasonal forests in Northeastern Brazil represent a single floristic unit? Brazilian Journal of Biology, São Carlos, v.68, n.3, p.467-475, jul./set. 2008.

RODAL, M. J. N. et al. Flora de um brejo de altitude na escarpa oriental do planalto da Borborema, PE, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v.19, n.4, p.843-858, out./dez. 2005a.

RODAL, M.J.N. et al. de. Mata do Toró: uma floresta estacional semidecidual de terras baixas no nordeste do Brasil. Hoehnea, São Paulo, v.32, n.2, p.283-294, abr./jun. 2005b.

RODAL, M.J.N.; NASCIMENTO, L.M. The arboreal component of dry forest in northeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology, São Carlos, v.66, n.2, p.479-491, abr./jun. 2006.

RODAL, M. J. N.; NASCIMENTO, L. M. Levantamento florístico da floresta serrana de Reserva Biológica de Serra Negra, microrregião de Itaparica, Pernambuco, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v.16, n.4, p.481-500, out./dez. 2002.

TABARELLI, M.; SANTOS, A. M. M. Uma breve história natural dos Brejos Nordestinos. In: PORTO, K. C. et al. (Eds). Brejos de altitude de Pernambuco e Paraíba: história natural, ecologia e conservação. Brasília: Ministério do meio Ambiente. 2004. p.17-24.

XAVIER, K.R.F. Análise florística e fitossociológica em dois fragmentos de floresta serrana no município de Dona Inês, Paraíba. 2009. 60f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2009.

Published

2014-06-26

How to Cite

Cunha, M. do C. L., & Júnior, M. C. da S. (2014). FLORA E ESTRUTURA DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA NOS ESTADOS DA PARAÍBA E PERNAMBUCO. Nativa, 2(2), 95–102. https://doi.org/10.31413/nativa.v2i2.1554

Issue

Section

Artigos Científicos / Original research