Gênero e sexualidade nas brincadeiras infantis e na docência: discurso, consolidação, resistência e ambivalência
DOI:
10.29286/rep.v25i60.4095Palavras-chave:
Gênero e sexualidade. Docência. Educação Infantil. Brincadeiras.Resumo
Este texto apresenta os resultados de uma análise das representações expostas por docentes de um Centro Municipal de Educação Infantil, referentes à temática de gênero e de sexualidade nas brincadeiras infantis livres e espontâneas. Realizou-se a aplicação de questionários junto a 14 professoras desse estabelecimento de ensino, nos quais foi possível observar que o espaço escolar pode (re)produzir diferenças e discriminação de gênero e sexualidade. Assim, compreende-se a necessidade de se inserir essa temática nos cursos de formação docente e nas escolas, desde a Educação Infantil.
Gênero e sexualidade. Docência. Educação Infantil. Brincadeiras.
Downloads
Referências
ABRANCHES, G. Como se fabricam as desigualdades na linguagem escrita. In: JOAQUIM, T.; PINTO, T. Gênero e recursos educativos digitais. Lisboa:Ministério da Educação e Ciência, 2011. p. 33-37.
ARAUJO, D. C. de. A construção social da infância: uma outra história. In:
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE, 7., 2008, Curitiba.
Anais eletrônicos... Curitiba: PUCPR, 2008. Disponível em: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/158_931.pd>. Acesso em: 12 fev. 2015.
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
BRAGA, E. R. M. Gênero, sexualidade e educação: questões pertinentes à
Pedagogia. In: CARVALHO, E. J. G. de; FAUSTINO, R. C. Educação e
Diversidade Cultural. Maringá: EDUEM. 2010. p. 205-218.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
______. Estatuto da Criança e do Adolescente. 7. ed. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010.
______. Lei N. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 dez. 1996.
BUJES, M. I. Crianças e brinquedo: feitos um para o outro? In: COSTA, M. V.; VEIGA NETO, A. (Org.). Estudos Culturais em Educação: mídia, arquitetura, brinquedo, biologia, literatura, cinema. Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 205-228.
CAMARGO, A. M. F.; RIBEIRO, C. Sexualidade(s) e infância(s): a sexualidade como um tema transversal. Campinas: Unicamp; São Paulo: Moderna, 1999.
CUNHA, B. B. B.; ARAÚJO, M. F.; GOMES, R. F. F. Infância e diversidade:
significações de gênero no brincar de crianças na Brinquedoteca. Campo Mourão, PR: Nupem, 2011. p. 23-37.
DELGADO, A. C. C.; MULLER, F. Em busca de metodologias investigativas
com as crianças e suas culturas. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 35, n. 125, p. 161-179, maio/ago. 2005.
FELIPE, J. Sexualidade na infância: dilemas da formação docente. In: XAVIER FILHA, C. (Org.). Sexualidade, gênero e diferenças na educação das infâncias. Campo Grande: UFMS, 2012. p. 47-58.
FELIPE, J.; PRESTES, L. M. Erotização dos corpos infantis, pedofilia e pedofilização na contemporaneidade. SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA REGIÃO SUL - ANPED SUL, 9., 2012, Caxias do Sul. Anais eletrônicos... Caxias do Sul: UCS, 2012. Disponível em: <http://www.portalanpedsul.com.br/admin/
uploads/2012/Genero,_Sexualidade_e_Educacao/Trabalho/12_42_52_2538-7464-1-PB.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2015.
FINCO, D. Relações de gênero nas brincadeiras de meninos e meninas na
educação infantil. Pro-Posições, Dossiê Gênero e Infância, Campinas, v. 14, n. 42, p. 89-101, set./dez. 2003.
GOELLNER, S. V. Corpo, gênero e sexualidade: reflexões necessárias para pensar a educação da infância. In: XAVIER FILHA, C. (Org.). Sexualidade, gênero ediferenças na educação das infâncias. Campo Grande: UFMS, 2012. p. 103-116.
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. São
Paulo: USP, 2010.
KRAMER, S. Infância e educação: o necessário caminho de trabalhar contra a barbárie. In: ______. (Org.). Infância e educação infantil. Campinas: Papirus, 1999. p. 269-280.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pósestruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
______. Pedagogias da sexualidade. In: ______. (Org.). O corpo educado:
Pedagogias da Sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. p. 7-34.
MANSUR, K. V. Proposta curricular: ação de uma equipe. In: KRAMER, S. et
al. (Org.). Infância e educação infantil. Campinas: Papirus, 1999. p. 225-242.
MORENO, M. Como se ensina a ser menina: o sexismo na escola. São Paulo: Moderna; Campinas: Unicamp, 1999.
NERI, D. M.; TEIXEIRA, S. Racismo e sexismo linguístico: questões
semânticas e morfológicas. Bahia: UFBA, 2012.
OLIVEIRA, Z. M. R. de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2008.
PEREIRA, S. A. M.; MOURÃO, L. Identificações de gênero: jogando e
brincando em universos divididos. Rio Claro: Motriz, 2005.
POSTMAN, N. O Desaparecimento da Infância. Tradução Suzana Menescal
de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio de Janeiro: Grafhia Editorial, 1999.
RIBEIRO, C. Não existe política de capacitação do professor para ele
entender que a sexualidade é diferente de sexo. 2011. Disponível em:
www.educacional.net/entrevistas/entrevista0030.asp>. Acesso em: 5 mar. 2014.
RIBEIRO, J. S. B. Brincadeiras de meninas e de meninos: socialização, sexualidade e gênero entre crianças e a construção social das diferenças. Cadernos Pagu, Campinas, n. 26, p. 145-68, 2006.
SCHLESENER, A. H. Educação e infância em alguns escritos de Walter
Benjamin. Paideia, Curitiba, v. 21, n. 48, p.129-135, jan./abr. 2011.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação &
Realidade. Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99. jul./dez. 1995.
SEFFNER, F. Cruzamento entre gênero e sexualidade na ótica da construção
da(s) identidade(s) e da(s) diferença(s). In: SOARES, G. F.; SILVA, M. R. S.
da; RIBEIRO, P. R. C. (Org.). Corpo, gênero e sexualidade. Problematizando práticas educativas e culturais. Rio Grande: FURG, 2006. p. 85-94.
SILVA, A. de F.; SILVA, D. da; SANTOS, A. dos. Por uma educação não sexista. Rio de Janeiro: CAMTRA, 2009.
SILVESTRI, M. L.; BARRETO, F. O. Relações dialógicas interculturais:
brinquedos e gênero. In: RIBEIRO, C. M. (Org.). Educação Inclusiva: tecendo gênero e diversidade sexual nas redes de proteção. Lavras: UFLA, 2008. p. 59-71.
SOUSA, E. S.; ALTMANN, H. Meninos e meninas: expectativas corporais e
implicações na educação física escolar. Cadernos Cedes, São Paulo, ano 19, n. 48, p. 52-68, ago. 1999.
VIANNA, C.; RIDENTI, S. Relações de gênero e escola: das diferenças ao
preconceito. In: AQUINO, J. G. (Org.). Diferenças e preconceito na escola:
alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1998. p. 93-105.
WENETZ, I. Presentes na escola e ausentes nas ruas: brincadeiras de crianças marcadas pelo gênero e pela sexualidade. 228 f. Tese. (Doutorado em Ciências do Movimento Humano)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, 2012.
XAVIER FILHA, C. Construindo identidade(s) sexual e de gênero: artefatos
culturais em análise. In: SIMPÓSIO CIENTÍFICO-CULTURAL, 2., 2006,
Paranaíba. Anais...Paranaíba: UEMS, 2006. v. 1. p. 20-31.
______. Educação para as sexualidades, a igualdade de gênero e as diversidades/diferenças na educação das infâncias. In:______. (Org.). Sexualidade, gênero e diferenças na educação das infâncias. Campo Grande: UEMS, 2012. p. 17-34