Itinerários terapêuticos e o bem viver do povo Guató de Mato Grosso

Autores/as

  • Alessandra Alves Arruda aceno@ufmt.br
    Universidade Federal de Mato Grosso
  • Marcos Aurélio da Silva marcoaureliosc@hotmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso

DOI:

10.48074/aceno.v11i25.17012

Resumen

Este artigoapresenta um trabalho etnográfico sobre o itinerário terapêutico, a concepção de saúde e de doença e a ideia de bem viver sob a ótica dos Guató da comunidade da Terra Indígena Baía dos Guató, localizada no município de Barão de Melgaço, estado de Mato Grosso, região do Pantanal. Todos os dados aqui apresentados foram registrados por meio de pesquisas de campo, realizadas através da seguinte maneira: observações diretas, entrevistas informais, rodas de conversas na comunidade, participação em reuniões do conselho local de saúde e educação, oficinas de artesanatos de aguapé, oficinas da língua Guató, reunião com servidores da FUNAI (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) e encontros durante datas comemorativas na Aldeia Aterradinho. Para a realização do estudo, a autora contou com o apoio de três interlocutoras principais, todas elas mulheres de grande sabedoria na comunidade: Eunice Amorim (agente indígena de saúde), Sandra da Silva (xamã) e Teodorica Amorim (parteira), sendo que a última faleceu antes da conclusão do presente trabalho. Elas foram decisivas para o desenvolvimento deste estudo devido aos conhecimentos tradicionais que possuem sobre muitos assuntos, os quais têm sido repassados de geração a geração, como práticas de curas e a concepção de saúde e doença para o povo Guató. Por muito tempo, esses conhecimentos ficaram mantidos seguros, guardados no arcabouço da memória e resistiram a todo o processo de violação de direitos sofrido pelo povo Guató, inclusive por conta da invasão e perda de grande parte do território tradicional no Pantanal.

Biografía del autor/a

Alessandra Alves Arruda, Universidade Federal de Mato Grosso

Psicóloga e mestre em Antropologia pela UFMT.

Publicado

2024-09-02