Aprender com os povos indígenas

Autores

  • Reinaldo Matias FLEURI fleuri@pq.cnpq.br
    Professor no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, Campus Trindade, CEP: 88040-900, Tel.:(+55) 48 37219405. Email: <fleuri@ pq.cnpq.br>. http://lattes.cnpq.br/0774250501310773

DOI:

10.29286/rep.v26i62/1.4995

Palavras-chave:

Povos Indígenas. Decolonialidade. Interculturalidade. Bem-viver.

Resumo

Victor Valla (1996, p.178) apontava “[...] nossa dificuldade de compreender o que os membros das chamadas das classes subalternas estão nos dizendo [...]” e Eduardo Viveiros de Castro nos convida a aprender com os povos indígenas. Nesta perspectiva, discutimos o que estamos aprendendo com os povos indígenas da América Latina. Situamos esta discussão no contexto da colonização brasileira e de resistência dos povos indígenas. Sob o enfoque decolonial e não-colonial dos estudos interculturais, discutimos concepções e políticas indígenas de sustentabilidade e do bem-viver. Concluímos comentando as conexões da concepção pedagógica de Paulo Freire com o modo indígena de educar. Palavras-chave: Indígenas. Decolonialidade. Interculturalidade. Bem-viver.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Reinaldo Matias FLEURI, Professor no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, Campus Trindade, CEP: 88040-900, Tel.:(+55) 48 37219405. Email: <fleuri@ pq.cnpq.br>.

Doutor em Educação (UNICAMP, 1988), coordenador do Grupo de Pesquisas “Educação Intercultural e Movimentos Sociais” (UFSC/CNPq). Agências financiadoras: CNPq (Pesquisador 1 C, 2014-2018) e CAPES (PVNS, IFC, 2012-2016). Professor no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, Campus Trindade, CEP: 88040-900, Tel.:(+55) 48 37219405. Email: <fleuri@ pq.cnpq.br>.

Referências

BRASIL. Censo Demográfico 2010. Características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/> Acesso em: 12 mar. 2017.

CARR, P. R.; THÉSÉE, G. Lo intercultural, el ambiente y la democracia: Buscando la justicia social y la justicia ecológica. Revista Visão Global, Joaçaba, v. 15. n. 1-2, p. 75-90, jan./dez. 2012. Disponível em: <http://editora.unoesc. edu.br/index.php/visaoglobal/issue/current/showToc>. Acesso em: 12 mar. 2017.

CLASTRES, Helène. Terra sem mal: o profetismo Tupi-Guarani. São Paulo: Brasiliense, 1978. DÍAZ, R.; VILLARREAL, J. Revista Espaço Pedagógico, Passo Fundo, v. 17, n. 2, p. 189-210, jul./dez. 2010. Disponível em:<http://www.upf.br/seer/index. php/rep/issue/view/273/showToc>. Acesso em: 12 mar. 2017.

FERRAZ, Marcos Grinspum. Temos que aprender a ser índios, diz antropólogo. Brasileiros.com.br, 2014. Disponível em:<http://brasileiros.com.br/bdz6r>. Acesso em: 12. mar. 2017.

FLEURI, R. M. Desafios epistemológicos emergentes na relação intercultural. SérieEstudos - Periódico do Mestrado em Educação da UCDB. Campo Grande-MS, n. 27, p. 11-21, jan./jun. 2009. Disponível em: <http://www.serie-estudos.ucdb. br/index.php/serie-estudos/article/viewFile/181/80>. Acesso em: 12 mar. 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. GUZMÁN, B. R. Interculturalidade em questão: análise crítica a partir do caso da Educação Intercultural Bilíngue no Chile. Revista Pedagógica, Chapecó, v. 1, n. 28, p. 87-118, jan./jun. 2012. Disponível em: <http://bell.unochapeco.edu. br/revistas/index.php/pedagogica/issue/view/103>. Acesso em: 12 mar. 2017.

ESQUIT, E. Nociones Kaqchikel sobre la opresión y la lucha política en Guatemala, siglo XX. Revista Espaço Pedagógico, Passo Fundo, v. 17, n. 2, p. 252-266, jul./dez. 2010. Disponível em:<http://www.upf.br/seer/index.php/rep/ issue/view/273/showToc>. Acesso em: 12 mar. 2017.

GASCHÉ, Jorge. La ignorancia reina, la estupidez domina y la conchudez aprovecha. Engorde neo-liberal y dieta bosquesina. Revista Espaço Pedagógico, Passo Fundo, v. 17, n. 2, p. 279-305, jul./dez. 2010. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2017.

______. ¿Qué valores sociales bosquesinos enseñar en las escuelas de la Amazonia Rural? Revista Pedagógica, Chapecó, v. 14, n. 28, p. 49-86, jan./ jun.2012. Disponível em: <http://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/ pedagogica/ article/view/1360/738>. Acesso em: 12 mar. 2017.

GAUTHIER, Jacques. Demorei tanto para chegar... ou: nos vales da epistemologia transcultural da vacuidade. Tellus, Campo Grande, v. 11, n. 20, p. 39-67, jan./ jun. 2011. HECK, Dionísio Egon; SILVA, Renato Santana da; FEITOSA, Saulo Ferreira (Org.). Povos indígenas: aqueles que devem viver – Manifesto contra os decretos de extermínio. Brasília, DF: Cimi – Conselho Indigenista Missionário, 2012.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Versão 1.0. 1 [CD-ROM]. LUCIANO. G. dos S. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília, DF: MEC/SECAD;

LACED/Museu Nacional, 2006.

MAMANI, Fernando Huanacuni. Buen Vivir / Vivir Bien: Filosofía, políticas, estrategias y experiencias regionales andinas. Lima: Coordinadora Andina de Organizaciones Indígenas – CAOI, 2010.

MARÍN, J. Perú: Estado-Nación y sociedad multicultural. Perspectiva actual. Revista Visão Global. Joaçaba v. 13, n. 2, p. 287-322, jul./dez. 2010. Disponível em: <http://editora.unoesc.edu.br/index.php/visaoglobal/issue/view/60>. Acesso em: 12 mar. 2017.

MATEUS, Elizabeth do Nascimento. Considerações sobre o Estado Plurinacional Boliviano. Âmbito Jurídico, Rio Grande, n. 89, jun. 2011. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2017.

MELIÀ, Bartolomeu. Palavras Ditas e escutadas – entrevista.

MANA, v. 19, n. 1, p. 181-199, 2013. Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2016.

QUIJANO, Aníbal. “Colonialidad del poder y clasificación social”. Journal of world-systems research, University of Pittsburgh, v. 11, n. 2, p. 342-386, 2000.

PADILHA, Paulo R. Currículo Intertranscultural: novos itinerários para a educação. São Paulo: Cortez/IPF, 2004.

PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter. Pela vida, pela dignidade e pelo território: um novo léxico teórico político desde as lutas sociais na América Latina/AbyaYala/Quilombola. Polis (Santiago), v. 14, n. 41, p. 237-251, 2015. Disponível em:<https://dx.doi.org/10.4067/S0718-65682015000200017>. Acesso em: 12 mar. 2017. VALENCIA, Mario Armando Cardona. Ojo de Jíbaro. Conocimiento desde el tercer espacio visual. Prácticas estéticas contemporáneas en el Eje Cafetero colombiano. Popayán: Editorial Universidad de Cauca, Sello Editorial, 2015.

VALLA, Victor Vincent. A crise de interpretação é nossa: procurando compreender a fala das classes subalternas. Educação e Realidade, v. 21, n. 2, 1996, p.177-190. WALSH, Catherine. Interculturalidad y (de)colonialidad: perspectivas críticas y políticas. Revista Visão Global, Joaçaba, v. 15. n. 1-2, p. 61-74, jan./dez.2012.

Downloads

Publicado

2017-05-01

Como Citar

FLEURI, R. M. Aprender com os povos indígenas. Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 26, n. 62/1, p. 277–294, 2017. DOI: 10.29286/rep.v26i62/1.4995. Disponível em: https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/educacaopublica/article/view/4995. Acesso em: 24 abr. 2024.