Não sou homem, não sou mulher, sou travesti!

Big Brother Brasil 2022 – o palco da Lina

Autores

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar a potencialidade do reality show “Big Brother Brasil - Edição 2022” como artefato cultural e promotor de visibilidade de diferentes formas de exercer gênero e sexualidade. Entendemos o Big Brother Brasil como fenômeno que ganhou notoriedade, seduzindo milhares de telespectadores, e em especificidade a edição 2022 como palco da Lina, uma de suas participantes, através do qual, se escancara a possibilidade de reflexão de identidades trans e da transfobia velada sofrida cotidianamente por mulheres trans. Nossa base de dados foi construída com recortes de cenas gravadas e suas respectivas falas, proferidas pelos participantes do reality show que foi exibido pela Rede Globo de Televisão Brasileira. Tomamos como referencial os Estudos Culturais, pós – estruturalistas, buscando destacar o efeito da mídia televisiva como produtora de saberes e conhecimentos, entendendo que os discursos veiculados no reality show acionam a máxima encenação da vida humana, desvelando o preconceito com identidades trans presentes na esfera cultural. A metodologia da pesquisa consiste na análise cultural, por ser instrumento potente de reflexão acerca das pedagogias exercidas por artefatos culturais, na produção e reprodução de significados, e seu impacto na constituição dos sujeitos. Em específico, acerca da transgeneridade e sobre mulheres trans.

Biografia do Autor

Ludmilla Carneiro Araujo, Centro Universitário Governador Ozanam Coelho

Mestra em Educação pela Universidade Federal de Viçosa (2018) e graduada em Pedagogia pela mesma (2014). Participa do grupo de estudos: "Cotidianos em Devir" realizado no Departamento de Educação da Universidade Federal de Viçosa e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e Diversidade (GESED), da faculdade de Educação da UFJF. Atualmente, faz parte do corpo docente do curso de Pedagogia no Centro Universitário Governador Ozanam Coelho (Unifagoc) na cidade de Ubá, MG, atuando com várias disciplinas, como: Didática; Avaliação; Ética e cidadania; Filosofia da Educação; Cultura Afro-brasileira e indígena; Meio ambiente e educação; Fundamentos e práticas no Ensino da Arte; Educação Especial e Processos Inclusivos; Tópicos especiais em educação; Sociologia da Educação. Trabalha, também, em função administrativa realizando atividades para o curso de Pedagogia da instituição. É professora, também, na Educação Básica na Prefeitura Municipal de Ubá.

Patricia da Silva Ribeiro, Unirio

Graduada em Pedagogia (UFJF). Mestranda em Educação (UNIRIO). Professora da Educação Básica na rede privada de Juiz de Fora/MG.

Anderson Ferrari, Universidade Federal de Juiz de Fora

Pós-doutor em Educação e Cultura Visual pela Universidade de Barcelona, doutor em Educação pela Unicamp, mestre em Educação pela UFJF, professor da Faculdade de Educação e do PPGE/UFJF, Coordenador do GESED.

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Publicado

2023-04-27

Como Citar

Carneiro Araujo, L., da Silva Ribeiro, P., & Ferrari, A. (2023). Não sou homem, não sou mulher, sou travesti! Big Brother Brasil 2022 – o palco da Lina. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 5(18), 332–356. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/14450

Edição

Seção

Artigos de Tema Livre