Qualidade ambiental e descrição morfométrica de uma microbacia urbana da região hidrográfica do Paraguai
DOI:
10.18607/ES201987345Palavras-chave:
Monitoramento, Efluente Doméstico, UrbanizaçãoResumo
O crescimento desordenado das cidades tem contribuído de forma significativa para degradação do ambiente, sendo, os efeitos sobre os recursos hídricos, na maioria das vezes, irreversíveis. Assim, este estudo objetivou caracterizar morfologicamente a microbacia do São Gonçalo e analisar a qualidade da água desse corpo hídrico por meio de parâmetros físicos (temperatura, cor aparente, turbidez, sólidos totais e condutividade elétrica), químicos (alcalinidade, pH, oxigênio dissolvido, demanda química de oxigênio e demanda bioquímica de oxigênio) e hidráulico (vazão). Para caracterização e verificação da qualidade da água na microbacia, foram realizadas análises de parâmetros morfométricos e determinação de parâmetros físicos, químicos e hidráulico, em 2 pontos amostrais (nascente e foz), durante o período de novembro/2014 a maio/2015. Os resultados apontaram que a microbacia, em condições normais de precipitação é pouco propensa a picos de enchentes. Entretanto, a impermeabilização do solo e a ocupação nas proximidades da Área de Preservação Permanente do córrego, podem contribuir para eventos de cheia, tornando-a suscetível ao escoamento superficial e erosão. Possui potencial dispersor de contaminação nas águas superficiais, fato este evidenciado por meio das análises físicas e químicas, as quais indicaram, em sua maioria, valores acima do permitido pela legislação em vigência. Concluiu-se que a qualidade da água, da nascente e principalmente da foz, da microbacia do córrego São Gonçalo está comprometida.
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS - ABNT. NBR 10559: Águas - Determinação de oxigênio dissolvido. Método iodométrico de Winkler e suas modificações. Rio de Janeiro, 1998.
_____. NBR 10357: Determinação da demanda química de oxigênio (DQO). Métodos de refluxo aberto, refluxo fechado - Titulométrico e refluxo fechado – Colorimétrico. Rio de Janeiro, 1988.
______. NBR 12614: Determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Método de incubação (20 °C, 5 dias). Rio de Janeiro, 1992.
AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS – ANA. Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil. Brasília: ANA, 2013.
AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION - APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. Washington: Pharmabooks, 2012.
[ARCGIS] ArcGIS: Software. Disponível em: <http://www.esri.com/software/arcgis/index.html>. Acesso em: 25 de março de 2015.
ARAÚJO, G.C.; ZEILHOFER P. Padrões espaciais da qualidade da água na Bacia do Rio Cuiabá e Rio São Lourenço. Mato Grosso. Hygeia, v. 7(13), p.55-70, 2011. ISSN: 1980-172. Disponível em: < http://www.seer.ufu.br/index.php/hygeia/article/view/17036>. Acesso em: 25 mar. 2015.
BARROS, R.V.G.; SOUZA, C.A. Qualidade do recurso hídrico do córrego André, Mirassol D’Oeste, MT. Revista Brasileira de Ciências Ambientais, v. 24, p.1-16, 2012. ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478. Disponível em: <https://www.edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/373487/mod_resource/content/1/corregos.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2015.
BRASIL. Resolução n° 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre: Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 18 de mar. 2005. Seção 53, p. 58-63. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459 >. Acesso em: 16 jan.2015.
BRASIL. Resolução nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre: Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. Diário Oficial da União. Brasília, 16 de mai. 2011. Seção 92, p. 89. Disponível em: < http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em: 12 de ago. 2015.
BUZELLI, G.M.; CUNHA-SANTINO, M.B. Análise e diagnóstico da qualidade da água e estado trófico do reservatório de Barra Bonita (SP). Revista Ambiente & Água, v 8, p.186-205, 2013. doi:10.4136/1980-993X
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO - CETESB. Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das águas e dos sedimentos e metodologias analíticas e de amostragem. São Paulo: CETESB, 2009. Disponível em: < https://cetesb.sp.gov.br/aguas-interiores/wp-content/uploads/sites/12/2017/11/Ap%C3%AAndice-E-Significado-Ambiental-e-Sanit%C3%A1rio-das-Vari%C3%A1veis-de-Qualidade-2016.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2015.
FERREIRA, C.W.S.; LIMA, C.S.; CAVALCANTI, L.C.S.; SANTOS, A.H.O. Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do Açude Cachoeira II, no município de Serra Talhada-PE, Brasil. In: MITÉ LATINO AMERICANO DE GEOGRAFIA FÍSICA, 2010, Coimbra. Anais... Coimbra, 2010.
FERREIRA, D.A.T.; MONTEIRO E.C.; DUARTE J.A.S.; MONTEIRO M.; SILVA M.A.S.; SOUZA J.M. Grau de degradação de dois córregos urbanos no município de Alta Floresta- MT: variáveis físico-químicas. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, v. 10(18), p.1889-1896, 2014. Disponível em: http://www.conhecer.org.br/enciclop/2014a/AGRARIAS/GRAU.pdf. Acesso em: 23 mai. 2015.
FIORUCCI, A.R., BENEDETTI FILHO, E.A. Importância do oxigênio dissolvido em ecossistemas aquático. Química Nova na Escola, v. 22, p.10-16, 2005. Disponível em: <
http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=qne&cod.>. Acesso em: 26 jun. 2015.
FISTAROL, P. H. B.; BRANDOLFF, R. S.; SANTOS, J. Y. G. Análise Fisiográfica da Bacia do Rio de Ondas – BA. In: INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA AMBIENTAL, 2015, João Pessoa. Anais... João Pessoa, 2015.
FONSECA, L. W. Aplicação da ferramenta “barômetro da sustentabilidade” em estudos de bacias hidrográficas urbanas. 2013. 158f. Dissertação. Pós-Graduação em Recursos Hídricos, Universidade Federal de Mato Grosso. 2013.
FRITZSONS, E.; MANTOVANI, L.E.; CHAVES NETO, A.; HINDI, E.C. A influência das atividades mineradoras na alteração do pH e da alcalinidade em águas fluviais: o exemplo do rio Capivari, região do Carste Paranaense. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 14(3) p.381-390. 2009. Disponível em:
www.scielo.br/pdf/esa/v14n3/v14n3a12.pdf>. Acesso em: 14 jun. 2015.
GALDINO, N.S.; TROMBINI, R.B. Análise físico-química da água do córrego Japira, localizado na cidade de Apucarana-PR. Terra e cultura, v. 53(27). p.67-76. 2011. Disponível em: http://periodicos.unifil.br/index.php/Revistateste/article/view/333/249>. Acesso em: 26 jun. 2015.
GARCIA, R.A.L.; VALENTINI, C.M.A.; FARIA, R.A.P.G. Aspectos ambientais do córrego do Barbado em Cuiabá-MT. Enciclopédia Biosfera, v. 11(22). p.243-263. 2015. doi:10.18677/Enciclopedia_Biosfera_2015_084
IBM SPSS Statistics 23. IBM. 2015. Software. Disponível em: <http://www.ibm.com>. Acesso em: 18 de jan. 2016.
JESUZ, C.R.; SANTOS, A.J.C. Problemática socioambiental urbana da nascente do Córrego Vassoral em Cuiabá-MT. Geographia Opportuno Tempore, v. 2(1). p.93-113. 2015. Disponível em: < http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/Geographia/article/view/22567/17332> . Acesso em: 22 jul. 2015.
KREISCHER, T.C.V.; GONÇALVES, D.M.M.; VALENTINI, C.M.A. Aspecto hidroambiental do córrego Barbado em Cuiabá-MT. Holos, v. 1. p.86-109. 2012.
doi:10.15628/holos.2012.697
MARSARO, C.C.S.; VALENTINI, C.M.A.; FARIA, R.A.P.G.; ABIDO, A.S. Análise físico-química e percepção ambiental do córrego Engole Cobra no município de Cuiabá-MT. Revista Internacional de Ciências, v. 7(1). p.100–122. 2017. doi: 10.12957/ric.2017.26135
MATO GROSSO. Resolução no 71, de 11 de setembro de 2014. Diário Oficial do Estado de Mato Grosso. Mato Grosso, MT, 12 de set. 2014. Disponível em: < https://www.jusbrasil.com.br/diarios/76573604/doemt-12-09-2014-pg-18?ref=next_button>. Acesso em: 25 jan. 2016
MORAES, G.F.; LIMA, E.B.N.R.; FERRAREZ, E.M. Caracterização Fisiográfica e do uso e Ocupação do Solo das Microbacias Urbanas da Cidade de Cuiabá-MT. E&S - Engineering and Science, v. 7(2). p.42-53. 2018. doi: 10.18607/ES201876822
SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE - SEMA. Plano Estadual de Recursos
Hídricos, Cuiabá: KCM, 2009.
OLIVEIRA, O.; SILVA, N. Determinação da concentração de metais em águas do córrego Barbado, Cuiabá-MT. Revista Gestão, Sustentabilidade e Ambiente, v. 2(1). p.47-63. 2013. doi: 10.19177/rgsa.v2e1201347-63
ONOHARA, M.T.; NETTO, A.P.F.; NASCIMENTO, A.R.; SILVA JUNIOR, W.F.; CERQUEIRA, R.C.S.; FINGER, A.; MORAIS, E.B. Avaliação de características física, química e microbiológica da água na microbacia do córrego Gumitá, Cuiabá-MT. E&S - Engineering and Science, v. 3(1). p.73-84. 2015. doi: 10.18607/ES201532556
PAIVA, S.L.P.; NEVES, S.M.A.S.; NEVES, R.J.; MIRANDA, M.R.S. Ações antrópicas na área de preservação permanente do córrego Sangradouro em Cáceres/MT, e suas implicações nos aspectos físico-químico da água. Caminhos de Geografia, v. 16(56). p.49-61. 2015. ISSN 1678-6343. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/28543. Acesso em: 22 jul. 2015.
PALHARES, J.C.P.; RAMOS, C.; KLEIN, J.B.; LIMA, J.M.M.; MULLER, S.; CESTONARO, T (Org), Medição da Vazão em rios pelo método do flutuador. Embrapa, 2007. 4p.
PIRATOBA, A.R.A.; RIBEIRO, H.M.C.; MORALES, G.P.; GONÇALVES, W.G. Caracterização de parâmetros de qualidade da água na área portuária de Barcarena, PA, Brasil. Revista Ambiente & Água, v. 12(3), p.435-456. 2017. doi: 10.4136/ambi-agua.1910
RENOVATO, D. C. C.; SENA, C. P. S. E.; SILVA, M. M. F. Análise de parâmetros físico químicos das águas da barragem pública da cidade de Pau dos Ferros (RN) – pH, cor, turbidez, acidez, alcalinidade, condutividade, cloreto e salinidade. In: IX CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFRN, 2013, Natal. Anais... Natal, 2013.
SANTOS, D.B.; VIDOTTO, M.L.; BERTINATTO, R.; MARCON, G.R.S.; FRIGO, E.P. Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do rio São José, Cascavel, PR. Revista Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias, v. 5(2). p.7-18. 2012. doi: 10.5777/PAeT.V5.N2.01
SILVA, L.M.; MORALES, G.P.; LIMA, A.M.M. Avaliação da qualidade das águas superficiais dos mananciais do Utinga e dos rios Guamá e Aurá, Belém, Pará. Enciclopédia Biosfera, v. 10(18). p.3161-3179. 2014. Disponível em: http://www.conhecer.org.br/enciclop/2014a/CIENCIAS%20BIOLOGICAS/avaliacao%20da%20qualidade.pdf>. Acesso em: 22 jul. 2015.
SIQUEIRA, H.E.; GUIDOLINI, J.F.; ANTUNES, D.H.; OLIVEIRA, F.P.; JUNIOR VALLE, R.F. Diagnóstico da qualidade da água em área de conflito de uso do solo na microbacia Mangabeira, Uberaba-MG. Enciclopédia Biosfera, v. 8(14). p.1-15. 2012. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/263368265_Diagnostico_da_qualidade_da_agua_em_area_de_conflito_de_uso_do_solo_na_Microbacia_Mangabeira_Uberaba-MG>. Acesso em: 22 de jul. 2015.
STRAHLER, A.N. (1957), Quantitative analysis of watershed geomorphology. Transactions: American Geophysical Union, v. 38(6). p.913-920. 1957. doi: 10.1029/TR038i006p00913
VALENTE, M.L.; CRUZ, J.C.; BAGGIOTTO, C.; CONSENSA, C.B. Influential factors in surface water quality in catchments within the pampa biome with different land use. Revista Árvore, v. 39(6). p.1135-1145. 2015. doi:10.1590/0100-67622015000600017
VANZELA, L.S.; HERNANDEZ, F.B.T.; FRANCO, R.A.M. Influência do uso e ocupação do solo nos recursos hídricos do córrego Três Barras, Marinópolis. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 14(1). p.55-64. 2010. doi:10.1590/S1415-43662010000100008
VILLELA, S.M.; MATTOS, A (Org), Hidrologia Aplicada. São Paulo: McGraw – Hill do Brasil, 1975.
VON-AHN, C.M.E.; PEREIRA FILHO, J. Diagnóstico da qualidade de água ao longo do estuário do rio Itajaí-Açu, SC. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 20(2). p.331-342. 2015. doi:10.21168/rbrh.v20n2.p331-342
ZAMPARONI, C.A.G.P. (2012), Riscos e desastres naturais em ambiente urbano: o exemplo de Cuiabá/MT. Revista Brasileira de Climatologia, v. 10. p.7-20. 2012. doi:10.5380/abclima.v10i1.30581
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Todos os direitos autorais devem ser cedidos a Universidade Federal de Mato Grosso.
