Interfaces entre os agenciamentos políticos do Estado e das micropolíticas das travestis do Zero na baixada cuiabana.

Autores

  • Haydeé Tainá Schuster haydeeschuster@gmail.com
    UFMT

DOI:

10.48074/aceno.v6i11.8514

Resumo

A partir da etnografia realizada no ano de 2018, o presente artigo possui como objetivo articular as interfaces entre a política do Estado e a micropolítica que é agenciada pelas travestis que são trabalhadoras do sexo no Zero. Essas interfaces se dão no relacionamento que as travestis possuem com as políticas de saúde, com a polícia e com a hierarquia interna, que impactam diretamente nas categorias nativas de agressão, violência e transfobia. Para reflexão se faz interessante as discussões oferecidas pela antropologia da saúde através de Didier Fassin, da antropologia urbana por Magnani e da das noções de política molar e molecular, oferecidas por Guattari.

Biografia do Autor

Haydeé Tainá Schuster, UFMT

Graduada em Psicologia pela Universidade de Várzea Grande (UNIVAG) , mestre em Antropologia Social pela Universidade do Mato Grosso

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Publicado

2020-04-20

Edição

Seção

Artigos Livres