Por uma antropologia do desmonte e da resistência: impactos e alternativas à transição conservadora nas fabricações dos patrimônios imateriais em Minas Gerais, Brasil

Autores

  • Guilherme Eugênio Moreira guilherme.gem@gmail.com
    Universidade Federal Fluminense

DOI:

10.48074/aceno.v6i11.8284

Resumo

O trabalho discute os desdobramentos da transição conservadora no cenário político nacional nas fabricações dos patrimônios imateriais. A partir de situações vivenciadas na Gerência de Patrimônio Imaterial do instituto estadual do patrimônio de Minas Gerais, evidencio as posições ambivalentes ocupadas pelos profissionais do patrimônio nas negociações com interesses vindos de cima e a continuidade das políticas patrimoniais. Uma etnografia das fabricações dos patrimônios faz parte de um projeto democratizante de pesquisa que visa aprofundar nossas compreensões sobre as práticas de poder, ao expor impactos e respostas de seus agentes à conjuntura política abrangente.

Biografia do Autor

Guilherme Eugênio Moreira, Universidade Federal Fluminense

Mestrando em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Referências

CHUVA, Márcia. Os arquitetos da memória: sociogênese das práticas de preservação do patrimônio cultural no Brasil (anos 1930-1940). 2. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2017.

FOUCAULT, Michel. The Subject and Power. Critical Inquiry, v. 8, n. 4, p. 777-795, 1982.

HEINICH, Nathalie. La fabrique du patrimoine: de la cathédrale à la petite cuillère. Paris: Éditions de la Maison des sciences de l'homme, 2009.

INSTITUTO Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Inventário Cultural do Rio São Francisco. Belo Horizonte: Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, 2015.

INSTITUTO Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais. Dossiê para registro das Folias de Minas do estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: Iepha-MG, 2017.

LATOUR, Bruno. Referência circulante. Amostragens do solo da Floresta Amazônica. In: _______. A Esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru: EDUSC, 2001, p. 39-96.

NADER, Laura. Up the anthropologist: perspectives gained from studying up. In: HYMES, Dell (Ed.). Reinventing Anthropology. New York: Pantheon Books, 1972, p. 284-311.

RANGEL, Marília Machado. A municipalização da proteção do patrimônio cultural em Minas Gerais. Fórum Patrimônio: amb. constr. e patr. sust., v. 2, n. 1, 2008.

SCIFONI, Simone. Desafios para uma nova Educação Patrimonial. Revista Teias, v. 18, n. 48, 2017, p. 5-16.

SOUZA LIMA, Antonio Carlos de. Um grande cerco de paz: poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1995.

TAMASO, Izabela. A expansão do patrimônio: novos olhares sobre velhos objetos, outros desafios... Sociedade e Cultura, v. 8, n. 2, 2005, p. 13-36.

Downloads

Publicado

2020-04-20

Edição

Seção

Dossiê Temático: Políticas patrimoniais contemporâneas e os novos desafios da antropologia