“A casa pode ser dele, mas o lar é meu”: crossdressing, relações familiares, conflitos e cuidado

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DOI:

10.48074/aceno.v11i25.16695

Resumo

Este trabalho discute dados coletados em pesquisa etnográfica com mulheres que se identificam como “esposas” ou “S/O’s” de homens que “praticam crossdressing”. É, ainda, um desdobramento de pesquisa anterior, sobre como homens que se identificam como crossdressers negociavam esta prática em suas vidas cotidianas. Busco refletir sobre como o crossdressing de seus companheiros impacta suas vidas privadas, suas sociabilidades, suas relações afetivo-sexuais/conjugal, bem como as relações familiares mais amplas. Importa compreender como tensões relativas às convenções sobre gênero e sexualidade e o manejo de segredo impactam essas relações conjugais/familiares e a questão do cuidado, assim como por vezes se desdobram em opressões/violências e interferem na dinâmica dos afetos e do companheirismo, implicando por vezes em renegociações ou rupturas.

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Publicado

2024-09-02

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Artigos Livres