Aproximações etnoarqueológicas: experiências com o povo indígena Kayabi do Vale do Arinos, Amazônia mato-grossense.

Autores

  • Saulo Augusto de Moraes saulo.augusto.moraes@unemat.br
    Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Francisco Forte Stuchi kaikaiabi@gmail.com
    Universidade de São Paulo (USP)
  • Rosalia de Aguiar Araújo osalia.aguiar.araujo@unemat.br
    Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT

DOI:

10.48074/aceno.v11i25.15982

Resumo

Este artigo divulga resultados de pesquisa etnográfica e aproximações atnoarqueológicas de fragmentos do patrimônio arqueológico da região do Vale do Arinos, Amazônia mato-grossense, a partir do Museu do Vale do Arinos. Analisou-se principalmente a cerâmica autoidentificada pela etnia Kayabi e a memória social deste grupo indígena. Para o tratamento epistemológico, foi considerado elementos divulgados por outras pesquisas, assim como com algumas literaturas sobre esse povo originário do Noroeste do Mato Grosso. As análises iniciais sugerem que os artefatos cerâmicos acessados são parte da cultura material Kayabi. A cerâmica Kayabi, do grupo habitante do Vale do Arinos, deixou de ser produzida a bastante tempo, provocando uma preocupação, que também motivou este manuscrito. Na aldeia Tatuí, principal aldeia do grupo Kayabi do Vale do Arinos, há pouquíssimos anciãos que guardam na memória os processos de produção da cerâmica tradicional kawaiwete e tatuê, porém argumentam que o barro adequado é o que existe na região do Batelão, seu berço ancestral, também localizado no Vale do Arinos, inacessível no presente devido a presença de guaxebas (pistoleiros). Assim, este texto pretende oferecer resposta sobre artefatos arqueológicos cerâmicos encontrados no Vale do Arinos.

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Publicado

2024-09-02

Edição

Seção

Artigos Livres