Introdução: o que nos carregou até o sangue?

Autores

  • Juliana P. Lima Caruso marcoaureliosc@hotmail.com
  • Marisol Marini olhardetela2000@gmail.com
  • Sandra Carolina Portela García marcoaureliosc@hotmail.com

DOI:

10.48074/aceno.v7i14.11514

Resumo

Substância, metáfora, líquido essencialmente vinculado à vida, associado à movimentação, ao veículo de coisas das mais diversas, como identidades. O sangue, vital para humanos e não-humanos, possui muitas existências, significações e interpretações, das quais a Antropologia desde os seus primórdios soube se valer. Ainda em1871, Morgan publicava Systems of Consanguinity and Affinity of the Human Family e desde então, as questões em torno do sangue nunca deixaram de interessar aos antropólogos. Nos estudos de parentesco, campo em que a temática se demonstrou especialmente frutífera, as abordagens sobre o sangue foram desenvolvidas e ampliadas, deslocando e movimentando as próprias compreensões sobre parentesco. No desenvolvimento da disciplina, os horizontes de análise se ampliaram: do sangue enquanto analogia para hereditariedade ao sangue enquanto substância que compõe pessoas e vínculos. Com isso, sua fluidez permitiu movimentar outras substâncias, criando circulações, sistemas, corpos.

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Publicado

2020-12-22

Edição

Seção

Dossiê Temático: O que carrega o sangue?