“E as crianças que mamavam eram arrancadas de suas mães e espetadas com terçados”: o processo-crime 6.362/78 e a etnografia do genocídio contra o povo Oro Win (Oro Towati)

Autores

  • Antonio Guimarães Brito TOMBRITO@YAHOO.COM
    Universidade Federal do Rio Grande

DOI:

10.48074/aceno.v9i20.12390

Resumo

Trata-se de método etnográfico com pesquisa de campo na Reserva Indígena Uru-eu-wau-wau junto ao povo Oro Win ou Oro Towati, narrando o genocídio que sofreram na década de 1960, por uma expedição de extermínio a mando do seringalista Manoel Lucindo no Seringal chamado São Luis. O artigo foi escrito utilizando como fonte principal em sua integral cópia o processo n. 6.362/78, transitado na comarca de Guajara-Mirim, Rondônia. Além do processo crime de Genocídio, foi realizada pesquisa de campo entre o povo Oro Win, com muitas idas e vindas utilizando como acesso até a aldeia, a via fluvial durante cinco dias de “voadeira” no rio Pacaás-Novas, com autorização do povo Oro Towati, suas lideranças e testemunhas do massacre. A crueldade deste genocídio se destaca nos autos do processo e na fala dos que passaram e conheceram o terrorismo do “Não Índio”.  Discute-se o tema do Genocídio e do método etnográfico.

Biografia do Autor

Antonio Guimarães Brito, Universidade Federal do Rio Grande

DOUTOR E MESTRE EM DIREITO PELA UFSC

PROFESSOR ASSOCIADO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - RS

FACULDADE DE DIREITO

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Publicado

2022-11-18

Edição

Seção

Artigos Livres