Stonewall, silêncios e mágoas: uma análise a partir do documentário “A morte e vida de Marsha P. Johnson”
DOI:
10.48074/aceno.v8i18.11794Resumo
Este trabalho se ocupa da relação entre memória, apagamentos e interseccionalidade a partir da análise do documentário “A Morte e Vida de Marsha P. Johnson”. O foco analítico recaiu no complexo processo de produção de memórias e esquecimentos que culminaram na elevação do Stonewall Riots como símbolo da resistência LGBTQ e o simultâneo apagamento da contribuição de ativistas históricas como Marsha P. Johnson nesse processo. Negra, trans e pobre, Marsha morre em circunstâncias obscuras levando consigo um legado de luta que ficou apagado das narrativas que marcaram o Gay Libertation. A análise intersecional do documentário permite perceber como a construção das narrativas que celebram o Stonewall como marco primordial do moderno movimento gay partiram de um enquadramento que privilegiou uma visão homonormativa do evento, sentenciando presenças como a de Marsha ao silêncio.
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