DIDÁTICA RECONSTRUTIVISTA DA HISTÓRIA E A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DIALÓGICA

Autores

  • Maria Auxiliadora Moreira dos Santos Schmidt Universidade Federal do Paraná/UFPR

DOI:

https://doi.org/10.22228/rtf.v14i2.1149

Resumo

É possível admitir um tipo de consciência histórica dialógica? Este trabalho apresenta alguns elementos para responder esta pergunta, tendo como referência a perspectiva da interdisciplinaridade que vem acompanhando o processo de constituição da História como disciplina escolar e possibilita diferentes recortes temáticos para a compreensão do significado da formação da consciência histórica no ensino e aprendizagem da História. Neste sentido, pode-se afirmar que, no âmbito das investigações realizadas acerca da Didática da História, um dos temas têm sido as relações entre a historiografia, didática e outros campos de conhecimento que dizem respeito ao ensino e aprendizagem da História. Assim, o trabalho procura analisar este diálogo, tendo como foco a especificidade e a natureza da sua relação com a teoria da consciência histórica e com a teoria do dialogismo. Optou-se pela realização e proposição de um diálogo com a teoria da aprendizagem histórica, na perspectiva de explicitar elementos que possam contribuir para que se cumpra a sua finalidade, qual seja a da formação da consciência histórica, bem como sugerir possibilidades de sua concretização na metodologia do ensino de história que possa contribuir para a formação de um novo tipo de consciência histórica de natureza dialógica.

Biografia do Autor

Maria Auxiliadora Moreira dos Santos Schmidt, Universidade Federal do Paraná/UFPR

Professora titular da Universidade Federal do Paraná. Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação/UFPR. Coordenadora  do Laboratório de Pesquisa em Educação Histórica.(PPGE/UFPR-lapeduhwordpress.com). Pesquisadora Cnpq.

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Publicado

2022-02-10

Como Citar

Moreira dos Santos Schmidt, M. A. (2022). DIDÁTICA RECONSTRUTIVISTA DA HISTÓRIA E A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA DIALÓGICA. Revista Territórios E Fronteiras, 14(2), 166–184. https://doi.org/10.22228/rtf.v14i2.1149