História e Memória da luta pela Terra em Marilena e São Pedro do Paraná

Autores

  • Maurílio Rompatto Universidade Estadual do Paraná, Campus de Paranavaí

DOI:

https://doi.org/10.22228/rtf.v16i1.1138

Resumo

A história de Marilena e de São Pedro do Paraná começa em 1949 a partir do início da colonização de uma área de 23.000 alqueires de terras da gleba Areia Branca do Tucum, na Colônia Paranavaí, pelas companhias Terras e Colonização Paranapanema Ltda. e Colonizadora Marilena Ltda. A rigor, a Colônia Paranavaí havia sido criada pelo interventor Manoel Ribas em 1942. Sua instalação oficial fez parte da política federal de colonização do Estado Novo de Getúlio Vargas (1937-1945), destinada ao processo de “ocupação” das áreas de fronteiras agrícolas do país, denominada “Marcha para Oeste”. A partir de 1944 o interventor iniciou o processo de concessão das terras devolutas da Colônia Paranavaí com a finalidade de colonização. Durante a colonização da gleba Areia Branca do Tucum, pelas companhias mencionadas acima, foram surgindo grileiros que também se diziam donos das terras, os quais foram se colocando entre os colonizadores e os colonos causando muitos conflitos entre eles. Em 1959 teve início a participação da Colonizadora Agroindustrial Incopan Ltda. na colonização da gleba; mas esta foi interrompida em 1962 por conta do assassinato do dono dessa empresa durante uma disputa por terras. Em 1965, o estado do Paraná, por meio de intervenção judicial deu início ao processo de legalização da gleba, amenizando os conflitos agrários existentes na região. Com base em fontes documentais e orais será analisada essa disputa pelas terras da gleba Areia Branca do Tucum durante a colonização de Marilena e de São Pedro do Paraná, entre os anos de 1949 e 1965.

Biografia do Autor

Maurílio Rompatto, Universidade Estadual do Paraná, Campus de Paranavaí

Professor Associado da Universidade Estadual do Paraná - UNESPAR, Campus de Paranavaí.

Referências

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Publicado

2023-08-01

Como Citar

Rompatto, M. (2023). História e Memória da luta pela Terra em Marilena e São Pedro do Paraná. Revista Territórios E Fronteiras, 16(1), 316–341. https://doi.org/10.22228/rtf.v16i1.1138