CONCEPÇÃO DIALÓGICA DA LINGUAGEM: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A LEITURA REALIZADA POR SURDOS SINALIZANTES - Dialogic concept of language: reflections on the reading carried out by the signalling deaf
Palavras-chave:
Concepção Dialógica da Linguagem. Leitura. Surdos. Dialogic Concept of Language. Reading. Deaf.Resumo
O conflito linguístico entre a Libras e a Língua Portuguesa – primeira e segunda línguas respectivamente – aponta para o insucesso da aquisição de leitura por surdos. Portanto, este artigo tem como objetivo tecer reflexões no sentido de compreender o ensino de leitura em português para surdos sinalizantes através de um viés bakhtiniano. Em termos de metodologia, a pesquisa qualitativa bibliográfica representa a base para esse estudo, e o referencial teórico é fundamentado em Bakhtin, Volochinov, Koch, dentre outros. Esperamos, com esse trabalho, sensibilizar e contribuir para a discussão de questões de surdez na área dos estudos dialógicos.
The linguistic conflict between Libras and the Portuguese Language – first and second languages respectively – points to the failure of reading acquisition by the deaf. Therefore, this article aims to provide reflections in order to understand the teaching of reading in Portuguese for deaf people through a Bakhtinian perspective. In terms of methodology, a qualitative bibliographical research represents the basis for this study, and, as theoretical reference, we base ourselves in Bakhtin, Volochinov, Koch, among others. We hope, with this work, to raise awareness and contribute to the discussion of deafness issues in the area of dialogic studies.
Referências
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4 ed. São Paulo, Martins Fontes, 2003.
BAKHTIN, M.; VOLOCHINOV, V. Marxismo e filosofia da
linguagem: problemas fundamentais do método sociológico da linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FARACO, C. A. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola, 2009.
IVANOVA, I. O diálogo na linguística soviética dos anos 1920-1930. Tradução de Dóris de Arruda C. da Cunha e Heber Costa e Silva. Bakhtiniana, 6(1): 239-267, Ago./Dez. 2011.
KARNOPP, L. B.; PEREIRA, M. C. Concepções de leitura e escrita na educação de surdos. In: Ana Lodi; Ana Dorziat; Eulália Fernandes. (Org.). Letramento, Bilinguismo e Educação de Surdos. 1 ed. Porto Alegre: Mediação, 2012, v. , p. 125-133.
KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2011.
SUASSUNA, Lívia. Ensaio de pedagogia da língua português. 2o Ed. – Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2009.
VOLOSHINOV, V. N. A estrutura do enunciado, tradução de Ana Vaz, para fins didáticos com base na tradução francesa de Tzevan Todorov (La structure de l’énoncé, 1930), publicada em Tzevan Todorov, Mikaïl Bakhtin – Le principe dialogique, Paris, Seuil, 1976a.
VOLOSHINOV, V. N. Discurso na vida e discurso na arte (sobre poética sociológica). Tradução de Carlos Alberto Faraco e Cristóvão Tezza [para fins didáticos]. Versão da língua inglesa de I. R. Titunik a partir do original russo, 1976b.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.