“Jucipó e a ave encantada”: registro literário em Escrita das Línguas de Sinais (ELiS)

Autores

  • Emilene Cleide Inácia Dutra emilenedutra_12@hotmail.com
    Faculdade do Pantanal (FAPAN)
  • Claudio Alves Benassi caobenassi@hotmail.com
    UFMT http://www.codimus.net

Palavras-chave:

Registro literário. ELiS. Escrita das línguas de sinais. Libras. Jucipó e a ave encantada. Registro literario. ELiS. Escrita de las lenguas de señas. Libras.

Resumo

RESUMO: A presente pesquisa versa a respeito da fixação, melhor dizendo, do registro da obra literária vissosinalizada “Jucipó e a ave encantada” (2000) de minha autoria. A proposta desse registro (para mim inédito) foi feita pelo professor Claudio Alves Benassi, que ministrou disciplina no curso de Especialização em Educação especial com ênfase em Libras, do qual sou acadêmica. A pesquisa deu-se por meio de leitura referente a Libras e a Escrita das línguas de sinais (ELiS). Neste trabalho não farei nenhuma abordagem a respeito das teorias literárias gerais, tampouco das ligadas às línguas de sinais. O objetivo é o de descrever o processo de produção, ilustração e registro em ELiS da obra em questão. Busquei ainda no caminho metodológico desvendar as terminologias que são usadas para referenciar o sujeito com surdez e as formas de in(ex)clusão do mesmo e dos profissionais que, junto a ele, atuam. A presente pesquisa justifica-se pela sua relevância para os estudos da Escrita de língua de sinais e pelo entendimento de que é na afetividade, no lúdico, que se desenvolve a aprendizagem. O principal resultado desse estudo é que, por meio do registro escrito da ELiS, a referida obra foi eternizada, uma vez que a escrita imobiliza a linguagem articulada e a faz entrar na vida do tempo grande. RESUMEM: esta pesquisa discurre a respecto de la fijación, mejor diciendo, del registro de la obra literaria en lengua de señas “Jucipó e a ave encantada” (2000) de mi autoría. La proposición de ese registro (para mi inédito) fue hecha por el profesor Claudio Alves Benassi, que ministró la asignatura del curso de Especialización en la educación especial con énfasis e Lengua brasileña de señas (Libras), en que soy académica. La pesquisa fue a través de lecturas referentes a Libras y a la Escrita de las lenguas de señas (ELiS). En este texto no haré ninguna abordaje a respecto de las teorías literarias generales, tampoco, das relacionadas a las lenguas de señas. El objetivo es lo de describir el procedimiento de creación, ilustración e registro en ELiS de la referida obra. Busqué también en el camino metodológico, desvendar las terminologías que son utilizadas para referenciar el sujeto con sordera y las maneras de in(ex)clusión del mismo y de los profesionales que lo atienden. La presente pesquisa se justifica por su relevancia para los estudios de la Escrita de lengua de señas y por el entendimiento de que es en la afectividad, en el lúdico que el aprendizaje se desarrolla. El principal resultado de ese estudio es que, por medio del registro escrito de la ELiS, la referida obra fue eternizada, una vez que, la escrita inmoviliza el lenguaje articulada y la hace entrar en la vida del gran tiempo.

Biografia do Autor

Emilene Cleide Inácia Dutra, Faculdade do Pantanal (FAPAN)

Acadêmica do curso de Pós-graduação lato sensu em Educação especial com ênfase em Libras. Faculdade do Pantanal (FAPAN). Pedagoga formada pela Universidade Estadual de Mato Grosso.

Claudio Alves Benassi, UFMT

Orientador Professor da Coordenação do Curso de Letras-Libras. Universidade Federal de Mato Grosso. Editor gerente da Revista Diálogos.

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Publicado

2017-04-12

Como Citar

Dutra, E. C. I., & Benassi, C. A. (2017). “Jucipó e a ave encantada”: registro literário em Escrita das Línguas de Sinais (ELiS). Revista Diálogos, 4(1), 128–152. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/revdia/article/view/3901

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