La experiencia de travestis y transexuales que se prostituyen: una revisión bibliográfica integradora
DOI:
https://doi.org/10.29327/2410051.8.23-30Palabras clave:
Prostitución, Personas trans, Travestis, VivenciaResumen
El presente estudio propone un análisis de las condiciones que favorecen la prostitución de travestis y personas trans, a la luz de fuentes académicas recientes, con el objetivo de comprender los desafíos que enfrenta esta población en contextos de marginalización social. A pesar de la diversidad cultural brasileña, la exclusión de minorías, especialmente de travestis y personas trans, sigue siendo evidente, manifestándose en la violencia, el prejuicio y la vulneración de derechos básicos, como el uso del nombre social. Paradójicamente, incluso siendo estigmatizadas, estas identidades son objeto de fetichización en contenidos pornográficos, mientras que aproximadamente el 90 % de estas personas recurren a la prostitución como forma de supervivencia ante la escasez de oportunidades. La investigación adoptó la metodología de revisión integrativa de la literatura, basada en 130 artículos inicialmente seleccionados entre 2020 y 2024, de los cuales 10 fueron incluidos en el análisis final. Los datos se organizaron en seis categorías temáticas: 1) Marginación y búsqueda de pertenencia; 2) Factores e impactos de la deserción escolar; 3) Respeto, identidad e inclusión: estrategias para enfrentar la violencia; 4) Territorialización: espacio, poder e identidad; 5) Desafíos y dinámicas en el mercado laboral. Estas categorías revelan la complejidad de las experiencias de estas mujeres y las múltiples formas de exclusión que enfrentan. No obstante, se observó una laguna significativa en la literatura respecto a las vivencias específicas en la prostitución, siendo más frecuente la discusión sobre los factores que conducen a ella que sobre sus impactos subjetivos y emocionales. Esta ausencia refuerza la necesidad de futuras investigaciones que profundicen en esta temática y respalden la formulación de políticas públicas inclusivas, orientadas a garantizar derechos, dignidad y reconocimiento de la población mencionada.
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