Militarizar para controlar: a ofensiva neoliberal e conservadora na educação pública no Brasil

Autores

  • Bruna Weyll de Melo weyllbruna@gmail.com
    Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
  • Elis Cristina Fiamengue eliscf@gmail.com
    Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)
  • Nilson Carlos Nascimento dos Santos nascime2@hotmail.com
    Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Resumo

Controlar vidas privadas, cercear liberdade de expressão, reprimir e marginalizar estudantes que desafiam normas de gênero estabelecidas? Seriam essas algumas das ações inconstitucionais que balizam a metodologia militarizada em escolas públicas brasileiras? O presente artigo tem como foco a análise dessa metodologia de militarização das escolas e sua simbiose com a concepção de educação neoliberal e o avanço do neoconservadorismo religioso, fundamentalista, considerando como ambos operam e se coadunam com a finalidade última não só de banir as temáticas gênero, sexualidade, diversidade de gênero nas escolas, dos planos de educação, mas sobretudo minar as conquistas dos movimentos feminista e LGBTQIAP+. A metodologia aplicada para a construção deste artigo recorre à revisão de literatura que inclui: documentos oficiais, reportagens veiculadas em mídias contemporâneas, postagens em redes sociais, entre outros. Nos amparam nessa discussão, identificando as características principais da agenda neoliberal e neoconservadora, Atílio Boron (1999), Eloisa Höfling (2001), Graziella Santos (2020) e Daniel Pereira Andrade, Mariana Côrtes e Silvio Almeida (2021). A partir da análise das informações veiculadas nas referidas fontes, é possível enxergar como os discursos produzidos por ambas perspectivas – neoliberal e neoconservadora - se imbricam e se inserem nas disputas de interferência nas políticas públicas educacionais, consubstanciando-se a narrativas falaciosas que em seus desdobramentos instigam e instauram os pânicos morais.

Biografia do Autor

Bruna Weyll de Melo, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)

Licenciada em Ciências Sociais desde 2020, estudante de especialização em Gestão Cultural e mestranda do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE), pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Atua como professora na rede básica estadual da Bahia. Tem desenvolvido pesquisas e militância na área de gênero e diversidade, com fundamentação no feminismo popular, materialista. O tema da investigação no mestrado profissional é a militarização da educação pública enquanto política curricular.  

 

 

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Publicado

2024-09-17

Como Citar

Weyll de Melo, B., Fiamengue , E. C. ., & Nascimento dos Santos , N. C. . (2024). Militarizar para controlar: a ofensiva neoliberal e conservadora na educação pública no Brasil. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 7(22). Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/16141