Resistir para Existir

a escola como espaço de produção de violência junto a estudantes trans e travestis

Autores

  • Tamara de Oliveira Alves oa.tamara@gmail.com
    UERJ
  • Rony Pereira Leal rony.leal@ifrj.edu.br
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) https://orcid.org/0000-0001-5291-9527

Resumo

O debate em torno das questões de identidade de gênero na educação brasileira ainda se constitui em um tabu para a escola. A despeito da existência de leis e resoluções consolidadas e em pleno vigor há alguns anos, assim como de inúmeras orientações pedagógicas visando ao acolhimento de estudantes transexuais e travestis, tais dispositivos não tem sido implementados ou sequer reconhecidos na maioria das escolas brasileiras. Em seu lugar, o que comumente se constata é a instauração, mal disfarçada sob o véu da preocupação e curiosidade, de violências decorrentes de atos de transfobia, tipificada como a ausência de afeto e respeito pela pessoa que aparenta e exige tratamento de gênero diferente do que seria desejável (bio)socialmente (GELEDÉS, 2022). O presente texto, ao partir do relato de uma das autoras quanto às dificuldades enfrentadas no processo de inclusão de seu filho, um adolescente trans, em uma instituição de formação de professores da rede estadual do Rio de Janeiro, dedicou-se à investigação de quais estratégias deveriam ser implementadas nos loci escolares, de modo que estes estabelecimentos viessem a se apropriar e a colocar em prática as leis que regulamentam e acolhem o/a estudante trans/ travesti. Deste modo, busca-se assegurar a estes sujeitos, cidadãos brasileiros, o direito constitucional a uma educação de qualidade e promotora de equidade e justiça social.

Biografia do Autor

Tamara de Oliveira Alves, UERJ

Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2022). Pós graduanda em Psicopedagogia Institucional e Clínica (Faveni, 2023). Atualmente, é membro do grupo de pesquisa EJA-Consupra (Educação de Jovens e Adultos: contextos, sujeitos e práticas), vinculado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ).

Rony Pereira Leal, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ)

Licenciado e Bacharel em Português-Literaturas pela Faculdade de Letras e Faculdade de Educação da UFRJ (1998). Licenciado em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2021). Mestre em Políticas Públicas e Formação Humana pelo Programa de Políticas Públicas e Formação Humana da UERJ (2014). Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ (2019). Professor EBTT do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Vice-líder do grupo de pesquisa EJA-Consupra (Educação de Jovens e Adultos: contextos, sujeitos e práticas), vinculado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ).

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Publicado

2023-09-01

Como Citar

de Oliveira Alves, T., & Pereira Leal, R. (2023). Resistir para Existir: a escola como espaço de produção de violência junto a estudantes trans e travestis. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 6(20), 112–138. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15628

Edição

Seção

DOSSIÊ TEMÁTICO: Parentalidades LGBTQIA+: desafios e experiências