Conjugalidades e Homoparentalidades Masculinas no Brasil: Breve panorama a partir da Pesquisa Nacional de Saúde – 2019

Autores

Resumo

Ao longo das últimas décadas com a emergência de temas como os relacionados à diversidade, às minorias sexuais e à igualdade de gênero, vem sendo possível perceber, não só, maior visibilidade de determinados sujeitos como maior percepção acerca de novos arranjos familiares e de parentesco. Nesse contexto, embora aceitando que haja maior destaque das minorias sexuais nos dias atuais o mesmo não se reflete quando verificamos as bases de dados populacionais oficiais, refletindo na invisibilidade de grupos como os LGBTQIA+. No entanto, no ano de 2022, foram divulgados dados inéditos da Pesquisa Nacional de Saúde - PNS realizada em 2019, primeira pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE que incluiu a variável orientação sexual em seu questionário, permitindo assim novas possibilidades de estudo e análise da população lésbica, gay e bissexual. Desse modo, dentro do escopo de possibilidades trazidas pela PNS, o presente artigo tem como objetivo principal verificar a existência de perfis de arranjos conjugais e parentais de homens brasileiros a partir da comparação entre aqueles autodeclarados homossexuais e heterossexuais. A partir desse objetivo serão abordadas questões acerca da condição do domicílio, dos tipos de uniões e presença de filhos (biológicos e/ou adotivos). Dentre as hipóteses que se busca confirmar ou refutar a partir dos dados fornecidos pela PNS é a de que homens homossexuais e heterossexuais possuiriam diferenças de perfis no que tange ao seu arranjo conjugal e domiciliar e de paternidade. De antemão é possível dizer que, por meio dos dados analisados, existem diferenças importantes de padrão de conjugalidade e de reprodução entre homens heterossexuais e homossexuais. Desse modo espera-se trazer à luz a discussão das minorias sexuais e fornecer subsídios para a análise do tema e elaboração de políticas públicas relacionadas a esse público.

Biografia do Autor

Rafael Chaves Vasconcelos Barreto, ENCE/IBGE

Doutor em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO (2014), Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE (2010) e Geógrafo (Licenciatura e Bacharelado) formado pela Universidade Federal Fluminense - UFF (2007). No momento realiza Estágio Pós-Doutoral na Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE na área de População, Território e Estatísticas Públicas. 

Angelita Alves de Carvalho, Escola Nacional de Ciências Estatísticas - ENCE/IBGE

É Pesquisadora em Informações Geográficas e Estatísticas na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE), atuando diretamente no programa de Mestrado e Doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas. Também integra o corpo de professores permanentes do programa de Mestrado e Doutorado em Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa. Tem doutorado em Demografia pelo CEDEPLAR/UFMG, mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas/IBGE e graduação em Economia Doméstica pela Universidade Federal de Viçosa.

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Publicado

2023-09-01

Como Citar

Chaves Vasconcelos Barreto, R. ., & Alves de Carvalho, A. (2023). Conjugalidades e Homoparentalidades Masculinas no Brasil: Breve panorama a partir da Pesquisa Nacional de Saúde – 2019. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 6(20), 183–210. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15388

Edição

Seção

DOSSIÊ TEMÁTICO: Parentalidades LGBTQIA+: desafios e experiências