Políticas de subjetivação na adesão à Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP): a gestão do risco-prazer por homens gays cisgêneros
DOI:
https://doi.org/10.29327/2410051.8.23-20Resumen
Este estudo tem por objetivo analisar, a partir de uma perspectiva cartográfica, os efeitos discursivos e micropolíticos decorrentes do uso da PrEP (Profilaxia pré-exposição), explicitando as formas de apropriação dos discursos biomédicos nas experiências, nas práticas sexuais e nas formas de autorreferencialidade de homens gays cisgêneros usuários dessa tecnologia. Trata-se de uma cartografia realizada entre 2018 e 2022, a partir da qual se escutaram narrativas de usuários da PrEP, considerando-as como efeitos das políticas de subjetivação relacionadas ao uso dessa tecnologia biomédica de prevenção. Consideramos que PrEP não apenas oferece uma nova opção de prevenção contra o HIV, mas também traz à tona mudanças, continuidades e deslocamentos no erotismo, na sexualidade e nas práticas sexuais entre homens gays, atualizando o contexto da epidemia de Aids. O estudo mapeia os fluxos desejantes que modulam a adesão dos sujeitos à PrEP e identifica três afetos micropolíticos resultantes da interseção entre o discurso do “medo-risco” e os dispositivos da sexualidade e da Aids: “paranoia de contágio causal”, “paranoia de contágio ambivalente” e “paranoia de contágio identitária epidemiológica”. A partir desta atualização do dispositivo da Aids, apontamos para a emergência de novos agenciamentos que modulam o temor pela infecção do HIV/Aids, o desejo de adesão à PrEP e as permanências e rupturas discursivas acerca do HIV/Aids entre homens gays cisgêneros, especialmente em relação às práticas sexuais, ao prazer, à percepção de risco e ao estigma.
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