“Um corpo arrumadinho pra ninguém nunca mais me confundir”
Homens trans, atividade física e a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais
DOI:
https://doi.org/10.29327/2410051.7.22-109Resumen
Neste relato de experiência, proponho uma discussão acerca da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSILGBT) elaborada pelo Ministério da Saúde com o Comitê Técnico Saúde da População de Gays, Lésbicas, Transgêneros e Bissexuais, formulada em 2011, e a relação desta política com observações e vivências etnográficas. Este é um estudo etnográfico, realizado por um período de 3 meses, recorte de minha tese de doutorado. Neste recorte, acompanhei 1 homem trans, profissional de educação física e seus 3 amigos (homens trans) nas atividades realizadas no contexto de lazer. Este relato está dividido da seguinte forma: Primeiro, faço a contextualização da Política e exponho a problemática. Em seguida, discorro sobre o recorte etnográfico realizado e particularidades das observações e vivências com os interlocutores. Por último, faço apontamentos sobre como as falas de nossos interlocutores se relacionam com a PNSILGBT e as possíveis lacunas encontradas. Encontro na redação da política um possível apagamento das práticas corporais e atividades físicas realizadas no lazer, sobretudo enquanto práticas de saúde. Contudo, em campo etnográfico, os homens trans buscam as atividades físicas tanto para estar entre pares e trocar experiências, para alívio de “saúde mental”, como para a fabricação e remodelação do próprio corpo, no sentido de (re)afirmar a identidade “homem” e assim, não passarem por situações de práticas vexatórias e/ou adoecimento mental.
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