As relações poliafetivas como corolário do pluralismo familiar

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Resumo

O presente artigo tem por objetivo fazer uma análise acerca do pluralismo familiar como realidade social por meio das relações poliafetivas. Em 2018 o Conselho Nacional de Justiça – CNJ proibiu em definitivo a formalização das relações estáveis poliafetivas e a impossibilidade de equipará-las como família. A monogamia é posta como referencial de estrutura familiar exemplar idealizada no moralismo de uma sociedade patriarcal. No entanto, as dinâmicas sociais e a própria história sustentam a existência do pluralismo familiar, onde a falta de tutela sob esses arranjos reforça a marginalização ao reconhecer apenas as relações monogâmicas como válidas juridicamente, além de caracterizar como família apenas as relações regidas pela monogamia. A partir do método de revisão bibliográfica discute-se, pela ótica histórico-social outros arranjos familiares para além da monogamia que estão inseridos na dinâmica social. Estes novos arranjos têm avançado nas suas demandas por reconhecimento social e jurídico, buscando legitimar a ampliação do conceito de família.

Biografia do Autor

Livia Arcanjo, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Bacharel em Direito pelo Centro Universitário UniFTC. Graduanda de Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Pesquisadora no Programa de Educação Tutorial Institucional de Desenvolvimento Regional (PETI) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). 

Priscila Farfan Barroso, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Bacharelada e Licenciada em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCR), Mestra e Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e está vinculada ao Grupo de Pesquisa Juventudes, Educação e Saúde (JES/UESB) e ao Núcleo de Pesquisa de Saúde e Gênero (SAGE/UFRGS)

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Publicado

2023-09-01

Como Citar

Arcanjo, L., & Farfan Barroso, P. (2023). As relações poliafetivas como corolário do pluralismo familiar. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 6(20), 139–161. Recuperado de https://periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/rebeh/article/view/15403

Edição

Seção

DOSSIÊ TEMÁTICO: Parentalidades LGBTQIA+: desafios e experiências