Performatividade queer da natureza
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Resumo
Neste artigo, Karen Barad levanta a possibilidade de queeridade em uma das mais ubíquas criaturas – os átomos. Com suas qualidades quânticas cotidianas, essas criaturas “ultraqueers”, em seus modos de existência radicalmente desconstrutivos, queerizam a própria queeridade. Dado que o queer é um questionamento radical da identidade e dos binários, incluindo o binário natureza/cultura, este ensaio pretende demonstrar que todo tipo de impossibilidade é, de fato, possível, incluindo a queeridade da causalidade, da matéria, do espaço e do tempo. O que aconteceria, pergunta Barad, se a queeridade fosse entendida não como residente nos interstícios de natureza/cultura per se, mas na própria natureza da espaçotempomaterialização? Este ensaio também considera questões de ética e justiça e, particularmente, examina os modos como o moralismo insiste em reativar a divisão natureza/cultura. Barad argumenta que o moralismo se alimenta do excepcionalismo humano, em especial da superioridade humana, causa danos tanto a humanos quanto a não humanos, é um portador hereditário do ódio genocida e negligencia as ecologias da diversidade necessárias por florescer.
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