Performatividade queer da natureza

Autores

DOI:

10.31560/2595-3206.2020.11.11882

Resumo

Neste artigo, Karen Barad levanta a possibilidade de queeridade em uma das mais ubíquas criaturas – os átomos. Com suas qualidades quânticas cotidianas, essas criaturas “ultraqueers”, em seus modos de existência radicalmente desconstrutivos, queerizam a própria queeridade. Dado que o queer é um questionamento radical da identidade e dos binários, incluindo o binário natureza/cultura, este ensaio pretende demonstrar que todo tipo de impossibilidade é, de fato, possível, incluindo a queeridade da causalidade, da matéria, do espaço e do tempo. O que aconteceria, pergunta Barad, se a queeridade fosse entendida não como residente nos interstícios de natureza/cultura per se, mas na própria natureza da espaçotempomaterialização? Este ensaio também considera questões de ética e justiça e, particularmente, examina os modos como o moralismo insiste em reativar a divisão natureza/cultura. Barad argumenta que o moralismo se alimenta do excepcionalismo humano, em especial da superioridade humana, causa danos tanto a humanos quanto a não humanos, é um portador hereditário do ódio genocida e negligencia as ecologias da diversidade necessárias por florescer.

Biografia do Autor

Karen Barad, University of California

Feminist Studies Department. Philosophy Department, History of Consciousness Department, Critical Race and Ethnic Studies

Jorge Felipe Marçal, Mestrando em Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Mestrando em Educação pelo Programa de Pós- graduação em Educação da UFRJ (PPGE-UFRJ)

Downloads

Publicado

2021-03-01

Como Citar

Barad, K., Marçal, J. F. ., & Ranniery, T. (2021). Performatividade queer da natureza. Revista Brasileira De Estudos Da Homocultura, 3(11), 300–346. https://doi.org/10.31560/2595-3206.2020.11.11882

Edição

Seção

Traduções