Educar pela diversidade: caminhos e desafios para uma educação emancipadora
DOI:
10.31560/2595-3206.2021.13.10634Resumo
O presente artigo tem como objetivo pensar uma educação pela diversidade. Ao problematizar questões como currículo e violências no ambiente escolar experimentadas por identidades LGBTQI+, surgem três personagens que nos ajudam a analisar a estruturação escolar brasileira no que pesa a formação de indivíduos frente uma autonomia institucional pedagógica resguardada pela legislação civil federal. Baseando-se na constituição de currículos para garantir uma racionalidade hegemônica, institui-se uma política de normalização que busca gerir crises enquanto gera crises no processo subjetivo e identitário do corpo discente (e também docente). O equilibrista, é aquele que busca equalizar o desequilíbrio da construção curricular. O engolidor de espadas é aquele que esconde a violência enquanto a mantém e o contorcionista é aquele que busca construir uma educação emancipatória pela diversidade.Referências
BAPTISTA, L. A. A cidade dos sábios: reflexão sobre a dinâmica social nas grandes cidades. São Paulo: Summus, 1999.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Dispõe sobre a 9.934/1996. Brasília, Ministério da Educação, 2014. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 10 de junho de 2020.
BRASIL. Diretrizes Nacionais da Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação do Brasil, 2014. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15548-d-c-neducacao-basica-nova-pdf&category_slug=abril-2014-pdf&Itemid=30192> Acesso em: 13 de junho de 2020.
BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art266>. Acesso em: 12 de junho. 2020.
BRASIL. Lei No 9.934, de 20 de dezembro de 1996. Código Civil Brasileiro. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em 9 de junho de 2020.
BRASIL. Lei No 10.639, de 9 de Janeiro 2003. Código Civil Brasileiro. Brasilia, 2003. Disponível em: <http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.639- 2003?OpenDocument>. Acesso em: 12 de junho de 2020.
BRASIL. Lei No 11.645, de 10 de Março de 2008. Código Civil Brasileiro. Brasília, 2008 Acesso em: 12 de junho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11645.htm>. Acesso em: 12 de junho de 2020.
BRASIL. Lei No 12.711, de 29 de agosto de 2012. Código Civil Brasileiro. Brasília, 2012. Acesso em: 12 de junho. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm:>
CÉSAR, Maria Rita de Assis. Gênero, sexualidade e educação: notas para uma. Educar em Revista, [s.l.], n. 35, p. 37-51, 2009. FapUNIFESP (SciELO). Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/s0104-40602009000300004.> Acesso em: 02 jun. 2020.
DELEUZE E GUATTARI. O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2011.
EVARISTO, Macaé. A legitimidade das diferenças na escola pública: por um projeto de (re)existência e trajetórias plurais. Revista Periferias. Entrevista concedida a Juliana Barbosa, Rio de Janeiro, novembro, 2018. Disponível em: <http://revistaperiferias.org/materia/macae-evaristo/?pdf=2214> Acesso em: 12 jun. 2020.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão; tradução de Raquel Ramalhete. 42º ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______________. Papel da educação na humanização. Faeeba, Rio de Janeiro, v. , n. 7, p. 9-17, 1997. Disponível em: <http://www.acervo.paulofreire.org:8080/jspui/bitstream/7891/1128/1/FPF_OPF_01_0018.pdf>. Acesso em: 01 junho 2020.
LOURO, Guacira Lopes. A construção escolas das diferenças. In: Gênero, Sexualidade e Educação. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1997. p. 57-87.
______________. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2º ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2018.
______________________Michel Temer menciona história sobre o cartaz: 'não fale em crise, trabalhe'. 1,4’ min. Acesso em: 11 de junho de 2020. Disponível em <http://g1.globo.com/politica/videos/v/michel-temer-menciona-historia-sobre-o-cartaznao-fale-emcrise-trabalhe/5130518/>
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. Petrópolis: Vozes, 2008.
OLIVEIRA, Ligia Ziggiotti de; CUNHA, Josafá Moreira da; KIRCHHOFF, Rafael dos Santos (org.). Educação e interseccionalidades. Curitiba: Neab-ufpr, 2018.
PERNAMBUCO, Diário de. Estudante vira alvo de racismo em escola particular do Rio de Janeiro. Diário de Pernambuco, 2020. Disponível em: <https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/brasil/2020/05/estudante-vira-alvo-de-racismo-em-escola-particular-do-rio-de-janeiro.html>. Acesso em: 13 de Junho de 2020.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 24.
_______________ Sobre o óbvio. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
ROLNIK, Suely. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. 2 ed. Porto Alegre: Sulina/ Editora da UFRGS, 2016.
SANTOS, Ana Paula. Estudante é vítima de racismo em troca de mensagens de alunos de escola particular da Zona Sul do Rio. Portal G1, 2020. Disponível em: < https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/05/20/estudante-e-vitima-de-racismo-em-troca-de-mensagens-de-alunos-de-escola-particular-da-zona-sul-do-rio.ghtml>. Acesso em: 13 de Junho de 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 O autor detém os direitos autorais do texto e pode republicá-lo desde que a REBEH seja devidamente mencionada e citada como local original de publicação.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Revista Brasileira de Estudos de Homocultura (REBEH), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons 4.0 Internacional, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação.
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.