OPERACIONALIDADE DE APLICATIVOS DE SMARTPHONE PARA MENSURAÇÃO DE ALTURA DE ÁRVORES EM REGIÃO DE ECÓTONO CERRADO-AMAZÔNIA

Autores

  • Rafaella De Angeli Curto rafaellacurto@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Sinop
  • Bruna Paz Deecken brudeecken1@gmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Sinop
  • Sintia Valerio Kohler sintiakohler@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Sinop
  • Scheila Cristina Biazatti scheilacristinabiazatti@gmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Cuiabá
  • Emanuel José Gomes Araújo ejgaraujo@gmail.com
    Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Charlote Wink charlote.wink@gmail.com
    Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Sinop
  • Rômulo Môra romulomef@yahoo.com.br
    Universidade Federal de Mato Grosso/Campus Cuiabá

DOI:

10.31413/nativa.v7i2.6310

Resumo

Objetivou-se verificar a operacionalidade de aplicativos de smartphones comparando-os com hipsômetro tradicional de comprovada eficiência na mensuração de altura total de árvores em fragmento florestal. O Hipsômetro Vertex IV® foi utilizado como medida real da altura total, diante da impossibilidade da obtenção da variável de forma direta. Foram selecionadas aletoriamente 90 árvores, distribuídas igualmente em três classes de altura: 1 (9,0-15,9 m); 2 (16,0-22,9 m); e 3 (> 23,0 m). Para estimar a altura total foram utilizados os aplicativos para smartphones com sistema operacional Android: Two Point Height (T.P.H); Measure Height (M.H); Smart Measure (S.M) e Hypsometer (HR). Todos aplicativos, por resultar em alturas médias estatisticamente iguais a média obtida com o Vertex®, podem ser indicados para a mensuração de árvores nas diferentes classes de altura. A análise residual e estatísticas Viés (V), Média das Diferenças Absolutas (MD), Desvio Padrão das Diferenças (DPD) e Erro Quadrático Médio (RMSE) indicaram que o Hypsometer apresentou menor tendência nas estimativas, distribuição de resíduos mais homogênea, além de resultar em menor erro médio. A atualização dos aplicativos, a resolução do acelerômetro e os cuidados na medida foram determinantes para o desempenho dos aplicativos como alternativa viável para a mensuração de árvores em relação ao custo e eficiência.

Palavras-chave: vertex, acelerômetro, custo.

 

OPERATIONALITY OF SMARTPHONE APPLICATIONS FOR MEASURING TREE HEIGHT IN THE CERRADO-AMAZON ECOTONE REGION

 

ABSTRACT:

The objective verify the operability of smartphone applications comparing them with traditional hypsometer of proven efficiency in the measurement of total height of trees in forest fragment. The Vertex IV® Hypsometer was used as a real measure of total height, due to the impossibility of obtaining the variable directly. 90 trees were randomly selected, distributed equally in three height classes: 1 (9.0-15.9 m); 2 (16.0-22.9 m); and 3 (> 23.0 m). To estimate total height, the following applications (Apps) were used for smartphones with Android operating system: Two Point Height (T.P.H); Measure Height (M.H); Smart Measure (S.M) and Hypsometer (HR). All tested applications, as they result in average heights statistically equal to the average obtained with the Vertex®, can be indicated for the measurement of trees in the different height classes. The Bias (V), Mean of Absolute Differences (MD), Standard Deviation of Differences (DPD) and Mean Square Error (RMSE) statistics indicated, considering all applications, that the Hypsometer presented a less tendentious and more homogeneous distribution of residues, besides a smaller average error. Upgrading applications, accelerometer resolution, and tailored care were key determinants of application performance as a viable alternative for tree measurement in terms of cost and efficiency.

Keywords: vertex, acelerometer, cost.

Referências

ARAÚJO, R. de A.; COSTA, R. B. da; FELFILI, J. M.; KUNTZ, I. G.; SOUZA, R. A. T. de M. e; DORVAL, A. Florística e estrutura de fragmento florestal em área de transição na Amazônia Matogrossense no município de Sinop. Acta Amazônica, Manaus, v. 39, n. 4, p. 865-878, 2009. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0044-59672009000400015

BIJAK, S.; SARZYŃSKI, J. Accuracy of smartphone applications in the field measurements of tree height. Folia Forestalia Polonica, Raszyn, v. 57, n. 4, p. 240-244, 2015. DOI: https://dx.doi.org/10.1515/ffp-2015-0025

BOŽIĆ, M.; ĆAVLOVIĆ, J., LUKIĆ, N.; TESLAK, K.; KOS, D. Efficiency of ultrasonic Vertex III hypsometer compared to the most commonly used hypsometers in Croatian forestry. Croatian Journal of Forest Engineering, Zagreb, v. 26, n. 2, p. 91-99, 2005.

CLIMATE-DATA. Clima: Sinop. Disponível em: <http://pt.climate-data.org/location/4077/> Acesso em: 12 mar 2018.

CURTO, R. de A.; SILVA, G. F. da.; SOARES, C. P. B.; MARTINS, L. T.; DAVID, H. C. Métodos de estimação de altura de árvores em Floresta Estacional Semidecidual. Revista Floresta, Curitiba, v. 43, n. 1, p. 105-116, jan./mar. 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rf.v43i1.26791

DESKIS OU. Measure Height. 2014. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=ee.deskis.android.height&hl=en>. Acesso em: 12 mar 2018.

FELICIANO, M. E.; RIBEIRO, A.; FERRAZ FILHO, A. C.; VITOR, P. C. G. Avaliação de diferentes hipsômetros na estimativa da altura total. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 11, n. 2, p. 01-05, abr./jun. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.18378/rvads.v11i2.3741

FINGER, C. A. G. Biometria Florestal. Santa Maria: Departamento de Ciências Florestais, 2006. 314 p.

GICHAMBA, A.; LUKANDU, I. A. A model for designing m-agriculture applications for dairy farming. The African Journal of Information Systems, v. 4, n. 4, 2012.

HAGLÖF SWEDEN AB. Users Guide Vertex IV and Transponder T3. v. 10, 2007. Disponível em: < http://www.haglof.jp/download/vertex_iv_me.pdf> Acesso em: 12 mar 2018.

ITOH T.; EIZAWA J.; YANO N.; MATSUE K.; NAITO K. Development of software to measure tree Heights on the smartphone. Journal of the Japanese Forest Society, v. 92, n. 4, p. 221-225. 2010. DOI: http://dx.doi.org/10.4005/jjfs.92.221

LARJAVAARA, M.; MULLER-LANDAU, H. C. Measuring tree height: a quantitative comparison of two common field methods in a moist tropical forest. Methods in Ecology and Evolution, London, v. 4, n. 9; p. 793-801, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.1111/2041-210X.12071

MAKINOSOFT. Hypsometer. 2017. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=makino.android.hypsometer&hl=pt_BR>. Acesso em: 12 mar 2018.

MAYRINCK, R. C.; OLIVEIRA, X. M.; SILVA, G. C. C.; VITOR, P. C. G.; FERRAZ FILHO, A. C. Avaliação de hipsômetros e operadores na mensuração de árvores de Eucalyptus urograndis de tamanhos diferentes. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 11, n. 5, p. 90-94. 2016. DOI: http://dx.doi.org/10.18378/rvads.v11i5.3976

OMEGA CENTAURI SOFTWARE. Two Point Height. 2014. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=mobi.omegacentauri.twopoint>. Acesso em: 12 mar 2018.

R DEVELOPMENT CORE TEAM. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria, 2017. Disponível em: <http://www.R-project.org/>.

SCOLFORO, J. R. S.; THIERSCH, C. R. Biometria Florestal: medição, volumetria e gravimetria. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2004. 285 p.

SILVA, G. F. da; CURTO, R. de A.; SOARES, C. P. B.; PIASSI, L. de C. Avaliação de métodos de medição de altura em florestas naturais. Revista Árvore, Viçosa, v. 36, n. 2, p. 341-348, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622012000200015

SILVA, G. F. da; MÔRA, R.; CURTO, R. de A. Simulação de erros na medição de altura de árvores inclinadas com aparelhos baseados em princípios trigonométricos. Revista Nativa, Sinop, v. 5, n. 5, p. 372-379, set./out., 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.5935/2318-7670.v05n05a12

SILVA, L. A.; SOARES, J. J. Composição florística de um fragmento de floresta estacional semidecídua no município de São Carlos-SP. Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 5, p.647-656, 2003. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622003000500007

SMART TOOLS CO. Telêmetro: Smart Measure. 2014. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=kr.sira.measure&hl=pt_BR>. Acesso em: 12 mar 2018.

SNEDECOR, G. W.; COCHRAN, W. G. Statistical Methods. 8. ed. Lowa: lowa State University Press, 1989. p. 247.

SOUZA D. R.; SOUZA, A. L. Estratificação vertical em floresta ombrófila densa de terra firme não explorada, Amazônia Oriental. Revista Árvore, Viçosa, v. 28, n. 5, p. 691-698, 2004. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-67622004000500008

TAMÁS BARTA. Elixir. 2012. Disponível em: <https://play.google.com/store/apps/details?id=bt.android.elixir> Acesso em: 10 nov 2017.

VILLASANTE, A.; FERNANDEZ, C. Measurement errors in the use of smartphones as low-cost forestry hypsometers. Silva Fennica, Helsinki, v. 48, n. 5, p. 1-11, 2014. DOI: http://dx.doi.org/10.14214/sf.1

Downloads

Publicado

2019-03-11

Como Citar

Curto, R. D. A., Deecken, B. P., Kohler, S. V., Biazatti, S. C., Araújo, E. J. G., Wink, C., & Môra, R. (2019). OPERACIONALIDADE DE APLICATIVOS DE SMARTPHONE PARA MENSURAÇÃO DE ALTURA DE ÁRVORES EM REGIÃO DE ECÓTONO CERRADO-AMAZÔNIA. Nativa, 7(2), 218–225. https://doi.org/10.31413/nativa.v7i2.6310

Edição

Seção

Engenharia Florestal / Forest Engineering

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)