ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA COBERTURA VEGETAL EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA NA REGIÃO DO MATOPIBA, BRASIL

Autores

  • Luciano Cavalcante de Jesus França lucianodejesus@florestal.eng.br
    Mestrando em Ciência Florestal pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM; http://orcid.org/0000-0002-8885-972X
  • João Batista Lopes da Silva silvajbl@ufsb.edu.br
    Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
  • Gerson dos Santos Lisboa gerson.lisboa@gmail.com
    Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
  • Danielle Piuzana Mucida dpiuzana@yahoo.com.br
    Professora da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí (UFVJM); http://orcid.org/0000-0002-5756-8081
  • Clebson Lima Cerqueira clebsonlima10@hotmail.com
    Mestrando em Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
  • Elyzama Lima Santos ellyzama17@gmail.com
    Mestranda em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal do Piauí - UFPI;

DOI:

10.31413/nativa.v6i0.5843

Resumo

A bacia hidrográfica do rio Uruçuí-Preto, Piauí, com área de 15.777 Km², vem caracterizando-se ao longo dos últimos 30 anos pela expansão do agronegócio, integrando a fronteira agrícola do MATOPIBA, composta por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.  Este estudo objetivou avaliar a mudança da cobertura vegetal nesta bacia hidrográfica entre 1984 a 2015. Utilizou-se imagens dos sensores TM e OLI dos satélites Landsat 5 e 8, respectivamente, para elaboração de mosaicos e realce da vegetação por meio do Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (IVDN), para obtenção da evolução da mudança na cobertura da terra. Procedeu-se a classificação supervisionada (Máxima Verossimilhança), em cinco classes: solo exposto, área antropizada, vegetação rala, vegetação esparsa e vegetação densa. Os resultados atestaram intensa antropização na área analisada. Em 1984, a classe solo exposto correspondia a 390,3 km² do total da área da bacia, com aumento em 2015 para 1.498,20 km². Em 1984 existiam 7.743,2 km² de cobertura vegetal original, reduzida em 2015, para 3.487,40 km², com redução de 45,03% da classe de vegetação densa. Este estudo pode auxiliar em estratégias de atuação dos órgãos ambientais e planejamento ambiental para o desenvolvimento do agronegócio em consonância com a conservação dos recursos naturais, sobretudo no MATOPIBA.

Palavras-chave: IVDN, desmatamento, Cerrado, sensoriamento remoto, Uruçuí-preto.

 

SPACE-TEMPORAL ANALYSIS OF VEGETABLE COVERAGE IN A HYDROGRAPHIC BASIN OF THE REGION OF MATOPIBA, BRAZIL

 

ABSTRACT:

The hydrographic basin of the Uruçuí-Preto river, Piauí, with an area of 15.777 km², has been characterized over the last 30 years by agricultural expansion, integrating the agricultural frontier of MATOPIBA, composed of the states of Maranhão, Tocantins, Piauí and Bahia. The objective of this study was to evaluate the change in the vegetation cover in this basin from 1984 to 2015. Images of the TM and OLI sensors of the Landsat 5 and 8 satellites, respectively, were used to elaborate mosaics and vegetation enhancement through the Vegetation Index (IVDN), to obtain the evolution of the change in land cover. The supervised classification (Maximum Likelihood) was carried out in five classes: exposed soil, anthropic area, sparse vegetation, sparse vegetation and dense vegetation. The results showed intense anthropization in the analyzed area. In 1984, the exposed soil class corresponded to 390.3 km² of the total basin area, with an increase in 2015 to 1,498.20 km². In 1984 there were 7,743.2 km² of original vegetation cover, reduced in 2015, to 3,487.40 km², with a reduction of 45.03% of the class of dense vegetation. This study can aid in strategies for the performance of state environmental agencies and environmental planning in order to reconcile the development of agribusiness with the conservation of natural resources.

Keywords: NDVI, deforestation, Cerrado, remote sensing, Uruçuí-preto.

Biografia do Autor

Luciano Cavalcante de Jesus França, Mestrando em Ciência Florestal pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM;

  • Engenheiro Florestal pela Universidade Federal do Piauí (UFPI);
  • Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí – UFVJM;
  • Mestrado Sanduíche pela Universidade do Porto – Portugal;
  • Grupo de pesquisa: Conservação e Restauração de Ecossistemas (UFVJM);

João Batista Lopes da Silva, Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

  • Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia;
  • Membro do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias Ambientais da Universidade Federal do Sul da Bahia e Instituto Federal da Bahia;
  • Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa;
  • Mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa;
  • Doutorado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa;
  • Pós-Doutorado em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa;
  • Grupo de pesquisa: Recursos Agropecuários 

Gerson dos Santos Lisboa, Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);

  • Professor da Universidade Federal do Sul da Bahia, Campus Jorge Amado, Itabuna, BA;
  • Especialização em Estatística e Modelagem Quantitativa pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM;
  • Mestrado em Ciências Florestais pela Universidade Estadual do Centro Oeste, UNICENTRO;
  • Doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria, UFSM;
  • Grupo de pesquisa: Silvicultura e Ecologia de Ecossistemas Florestais

Danielle Piuzana Mucida, Professora da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí (UFVJM);

  • Professora da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí (UFVJM);
  • Membro do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha (UFVJM);
  • Graduação em Geologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
  • Mestrado em Geologia pela Universidade de Brasília (UNB);
  • Doutorado em Geologia pela Universidade de Brasília (UNB);
  • Doutorado Sanduíche pela Australian National University;
  • Pós-Doutorado em Geocronologia (UFMG);
  • Pós-Doutorado em Geografia (UFMG)
  • Grupo de pesquisa: Conservação e Restauração de Ecossistemas (UFVJM);

Clebson Lima Cerqueira, Mestrando em Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

  • Engenheiro florestal pela universidade Federal do Piauí (UFPI);
  • Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) / Cuiabá;
  • Grupo de pesquisa: Modelagem de Variáveis Dendrométricas de Povoamentos Florestais no estado de Mato Grosso (UFMT);

Elyzama Lima Santos, Mestranda em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade Federal do Piauí - UFPI;

Bióloga pela Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Mestranda em Solos e Nutrição de Plantas pela mesma instituição.

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Publicado

2018-12-17

Como Citar

França, L. C. de J., da Silva, J. B. L., Lisboa, G. dos S., Mucida, D. P., Cerqueira, C. L., & Santos, E. L. (2018). ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA COBERTURA VEGETAL EM UMA BACIA HIDROGRÁFICA NA REGIÃO DO MATOPIBA, BRASIL. Nativa, 6, 737–744. https://doi.org/10.31413/nativa.v6i0.5843

Edição

Seção

Engenharia Florestal / Forest Engineering

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