“Amansar os portugueses”: os índios Guaicurus nas representações portuguesas coloniais
DOI:

Resumo
Este artigo interpreta as imagens e representações produzidas pelos colonizadores portugueses sobre os índios Guaicurus na fronteira Oeste do Brasil colonial. Interessados em disciplinar suas vidas para apropriar-se e explorar o seu território, os colonizadores foram surpreendidos por índios que tinham uma forte visão de mundo, baseada na sua cultura e no seu orgulho étnico. O pesquisador mostra os colonizadores e os índios tentando “civilizar, “domesticar-se” uns aos outros, em contraste com estudos que geralmente apresentam os índios unicamente como vítimas passivas do dominador”.Referências
ALMEIDA, R. H. O Diretório dos índios. Brasília: Ed. da Universidade de Brasí-lia,1997
ARANHA, M. L. de. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.
BARROS, EP. de. Política indigenista e suas relações com a política expansionista no II Império em Mato Grosso. Repish di Antropologia da USP, São Paulo, 1989.
BARTH, F. Los grupos étnicos y sus fronteras. México: Fondo de Cultura Econó-mica,1976
BASTOS, U. R. de A. Expansão territorial do Brasil Colônia no vale do Paraguai. São Paulo: FFLCH/USLP, 1972. j
BUENO, J.A.P Extrato do discurso do presidente da Província do Mato Grosso. Abertura da Assembleia Legislativa Provincial , em dia 01 de março de 1837. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo II, 1840, p. 172-176.
BURGUIERE, A, A Antropologia Histórica. In: LE GOFF, J. A História Nova. São Paulo: Martins Fontes, 1993. n
CARDOSO OLIVEIRA, R. Urbanizações e Tribalizações: A integração Os índios Te-rena numa sociedade de Classes. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1968,
CARNEIRO da CUNHA, M. M, Histórias dos Índios do Brasil. São Paulo:Companhia das Letras, 1992.
CARVALHO,S.M.S Chaco: Encruzilhada de povos e “melting pot” cultural: suas relações com bacia do Paraná e o Sul mato grossense. n: CUNHA,M. C. da (org). História dos índios do brasil São Paulo: Companhia das Letras 1996.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995,
COSTA e SILVA, P, P. Gorm à e SILVA, P. P. Governantes de Mato Grosso Cuiabá: arquivo Público do Estado de Mato Grosso, 1993.
CRAPANZANO, V. Diálogo. In: ANUÁRIO Antropológico 1988. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991.
D’ALINCOURT, L. Reflexões sobre o sistema de defesa que se deve adotar na fronteira do Paraguai, em consequência da revolta e dos insultos praticados ul-timamente pela nação dos índios Guaicuru ou cavaleiros, 1826. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo XX, 1857, p. 360-365.
LACERDA e ALMEIDA, F. Memória a respeito dos rios Baures, Branco, da Concei-ção, de São Joaquim, Itorramas e Maxupo; - € das três missões da Magdalena, da Conceição e de São Joaquim. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasi-leiro, Tomo XI, 2º edição, 1874, p. 87-95.
LÉVI-STRAUSS, C. Tristes Trópicos. Lisboa: Perspectivas do Homem/Edições 70, 1986.
MALDI, D. De confederados a bárbaros: a representação da territorialidade e da fronteira indígena nos séculos XVIII e XIX. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 1997, v. 40, nº2.
Os Pakaas-novos. Dissertação de Mestrado, Brasília — UnB, 1986.
MONTEIRO, J. M. Negros da Terra: Índios e Bandeirantes nas origens de São Pau-lo. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
MONTENEGRO, C. P. de M. Resposta ao parecer de Ricardo Franco de Almeida Serra sobre os aldeamento dos índios Uaicurús e Guaná, com descrição dos seus usos, religião, estabilidade e costumes (1803). In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,Tomo XII, 1845, p. 204-218.
NOVAIS, F. A. Brasil e Portugal na crise do antigo sistema colonial (1777- 1808). São Paulo: Editora Hucitec, 1986.
PACHECO de OLIVEIRA, J. O Nosso Governo: os Ticuna e o regime tutelar. Brasí-lia: Marco Zero/MCT/CNPq, 1988.
RIBEIRO, D. Kadiwéu. Vozes: Rio de Janeiro, 1979.
RODRIGUES do PRADO, F. História dos Índios cavaleiros ou da nação Guacurú, escrito no Real presídio de Coimbra (1795). In Revista do Instituto Histórico e Geográfico, Tomo I, 1839, p. 25-57.
SAHLINS, M. 1Ilhas de História. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
SANTOS, G. B. Os Parsi na época da conquista, Monografia de Graduação. Depar-tamento de História/UFMT, Cuiabá, 1999.
SERRA, R. F. de A. Continuação do Parecer sobre os índios Uaicurús e Guaná. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, “Tomo XIII, 1850, p. 348-395.
• Parecer sobre o aldeamento dos índios Uaicurú”s e Guaná, com a descri-ção dos seus usos, religião, estabilidade e costumes. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, "Tomo 07, 1845, nº26, p. 204-18.
• Navegação do Rio Tapajós para o Pará pelo Tenente-Coronel (..), escrita em 1799, sendo Governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro. In: Re-vista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo IX, 1847, p. 01-16.
• Extrato da descrição geográfica da capitania de Mato Grosso, feita em 1797. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Tomo VI, 1844, p. 221-224.
• Memórias: ou informações dada ao Governo sobre a Capitania de Mato Grosso. Tn: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, "Tomo II, 1840, p. 19-49,
• Memória ou informação dada ao governo sobre a Capitania de Mato Gros-so, em 31/01/1800. In: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 'Tomo II, 1840, p.19
SCHWARTZ, L. M. As Barbas do Imperador: D. Pedro II, um Monarca nos Trópi-cos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SIQUEIRA, J da C. Crônicas do Cuyabá. Tn: Revista do Instituto Histórico e Geo-gráfico de São Paulo, vol. TV (1898-1899).
SIQUEIRA, E. M. Os Aliti (Paresi): uma tentativa de recuperação Histórica. Cuia-bá: UFMT/GERA, 1993,
Compéndio de artigos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Bra-sileiro, acerca da História de Mato Grosso. Cuiabá: Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, 1992.
SHULER, D. & GOETTEMES, M. B. Mito ontem e hoje. Porto Alegre: — Ed. da UFRGS, 1990.
VIEIRA, M. do P. de A. etal. A Pesquisa em História. São Paulo: Ática, 1991,
WEBER, M. Comunidade Étnicas: La raza—Economía y é Sociedad. Esbozo de Sociologia Comprensiva. México: Fondo de Cultura Económica, 1979,
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
As autoras ou autores cedem gratuita e automaticamente à Revista ACENO os direitos de reprodução e divulgação dos trabalhos publicados.