A fábrica de escravos: a escravidão negra no sul de Mato Grosso (1718 – 1888)

Autores

  • Carlos Alexandre Barboza Plínio dos Santos carlosalexandrebps@gmail.com
    Universidade de Brasília

DOI:

10.48074/aceno.v3i6.4262

Resumo

O objetivo central deste artigo é apresentar a história da escravidão negra no Mato Grosso, com ênfase em sua região sul (atual Mato Grosso do Sul) entre os anos de 1718, início da exploração econômica portuguesa, a 1888, fim da escravidão. Nesse espaço de tempo serão destacados os seguintes elementos: a formação de um protocampesinato negro; a rede de circulação de mercadorias e informações entre os quilombolas e a sociedade envolvente; e as relações socioeconômicas da sociedade escravagista mato-grossense.

Biografia do Autor

Carlos Alexandre Barboza Plínio dos Santos, Universidade de Brasília

Professor Adjunto do Departamento de Antropologia (DAN) da Universidade de Brasília (UnB). Realizou estágio Pós-Doutoral (bolsa Capes) no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) DAN, UnB (2012 a 2015). Finalizou estágio Pós-Doutoral Júnior (bolsa CNPq) pelo Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos/InEAC, vinculado a Universidade Federal Fluminense (2011). No PPGAS/DAN/UnB concluiu o Doutorado (2010) e o Mestrado em Antropologia Social (2006). Ainda no DAN/UnB, realizou o Bacharelado em Ciências Sociais, habilitação em Antropologia (1995). Possui também graduação em Geografia (1990), graduação em Estudos Sociais (1989) e especialização em Geografia do Brasil (1990). Linha de pesquisa: Campesinato, Parentesco, Memória, Escravidão e pós-emancipação, Comunidades Negras Rurais e Urbanas - Quilombolas.

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Publicado

2017-03-31

Edição

Seção

Dossiê Temático