“A(r)tivismos” cinematográficos queer of color: as ações de resistência e agência do coletivo Queer Women of Color Media Arts Project
DOI:
10.48074/aceno.v2i3.2514Resumo
Ao longo do trabalho são brevemente apontadas algumas das possíveis relações entre estudos vinculados à antropologia da mídia nos Estados Unidos, as críticas feministas pós-coloniais sobre o cinema, a abordagem pós-social e antropológica britânica sobre ‘arte' e seus ‘objetos’, como mediadores de agência e de relações sociais. Neste intento, busca-se descrever também parte da produção cinematográfica do QWOCMAP (Queer Women of Color Media Arts Project) nos Estados Unidos, ressaltando as maneira pelas quais suas/seus produtora/es culturais buscam desenvolver outros modos de representar as “queer women of color” e também valorizar subjetividades. O ensaio analisa e destaca as diferentes possibilidades de um tipo artivismo cinematográfico que visa transformações sociais.
Referências
FERREIRA, Glauco. Questões de gênero e (auto)representação: o queer, a arte e o audiovisual.. In: BLANCA, Rosa Maria. (Org.). Poéticas Abertas. 1ed.Novo Hamburgo: Editora Feevale, Universidade Feevale, 2013.
_________________. QWOCMAP: (auto)representações de mulheres queer e de cor e sua produção audiovisual nos EUA.. Revista Ártemis, v. 14, p. 68-86, 2012.
GELL, Alfred. Art and Agency: An Anthropological Theory. Oxford: Clarendon, 1998.
GINSBURG, Faye. 1997. “From little things, big things grow”: indigenous media and cultural activism. In: Fox & Starn, pp. 118-44, 1997.
__________________. Aboriginal Media and the Australian Imaginary. Public Culture special issue, Screening Politics in a World of Nations, 5 (3): 557–78, 1993.
__________________. et all. Introduction. In: Media Worlds: Anthropology on New Terrain, F. D. Ginsburg e outros eds., Berkeley: University of California Press, 2002.
HIKIJI, Rose Satiko Gitirana. Antropólogos vão ao cinema - observações sobre a constituição do filme como campo”. In Cadernos de Campo v.7. São Paulo, USP, 1998, p.91-113.
________________________. Imagens que afetam – filmes da quebrada e o filme da antropóloga. In: GONÇALVES, Marco Antonio e HEAD, Scott. Devires Imagéticos- a etnografia, o outro e suas imagens. Rio de Janeiro: 7letras, 2009.
HOOKS, bell. Black looks: Race and representation. New York, Routledge, 1992.
LAGROU, Elsje Maria. A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica (Kaxinawa, Acre). Rio de Janeiro (RJ): Topbooks, c2007.
_________________¬¬¬¬¬_____.“Antropologia e arte: uma relação de amor e ódio”. In Ilha. Revista de Antropologia. Vol. 5, n.2. Florianópolis: PPGAS/UFSC. pp. 93-113, 2003.
___________________.“Poder criativo e domesticação criativa na estética Piaroa e Kaxinawa”. Cadernos de campo. v. 2., 1997.
LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. In: ______ (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2 ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2001. p.7-34.
MAHON, Maureen E. 2000. The visible evidence of cultural producers. Annual Review of Anthropology, 2000.
MALUF, Sônia Weidner & COSTA, Claudia de Lima. Feminismo fora do centro: entrevista com Ella Shohat. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 9, n. 1 , p. 147-163, 2001.
MCCLINTOCK, Anne; MUFTI, Aamir; SHOHAT, Ella. Dangerous liaisons: gender, nation, and postcolonial perspectives. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1997.
MULVEY, Laura. Entrevista com Laura Mulvey. Rev. Etud.Fem. vol.13 no.2 Florianópolis May/Aug. 2005
_______________. Visual Pleasure and Narrative Cinema. Originally Published - Screen 16.3 Autumn 1975 pp. 6-18.
NICHOLS, Bill. Introdução ao documentário. 2005. Campinas, SP: Papirus, 2005.
_____________.“The etnographer’s tale”. In TAYLOR , Lucien(org.) Visualizing Theory. Nova Iorque e Londres, Routledge, 1994.
ORTNER, SHERRY B. Making gender: the politics and erotics of culture. Boston: Beacon Press, 1996.
___________________. Poder e Projetos: Reflexões a sobre a Agência. In: Conferências e Diálogos: Saberes e Práticas Antropológicas - Reunião Brasileira de Antropologia. Conferências e práticas antropológicas. ABA – Associação Brasileira de Antropologia. Grossi, Miriam Pillar; Eckert Cornelia; Fry, Peter Henry (orgs.) Blumenau : Nova Letra, 2007.
OVERING, Joanna. 1996. Aesthetics is a Cross-Cultural Category: Against the Motion. In: Key Debates in Anthropological Theory, Tim Ingold ( ed.), London: Routledge, 1996.
PARMAR, Pratibha. “That moment of emergence”. In: GEVEN Marthe; PARMAR, Pratibha; GREYSON, John. Queer looks: perspectives on lesbian and gay film and video by n 1993
RANCIÉRE, Jacques . Aesthetics and Its Discontents, Cambridge: Polity Press, 2009.
¬¬¬
___________________. The Politics of Aesthetics, New York: Continuum, 2006.
SCHULER ZEA, Evelyn. Pelos olhos de Kasiripinã: revisitando a experiência Waiãpi do Vídeo nas Aldeias. sexta-feira: antropologia, artes e humanidades, São Paulo, v. 2, p. 32-41, 1998.
SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica: multiculturalismo e representação. São Paulo (SP): CosacNaify, 2006.
TRINH, T. Minh-ha. When the moon waxes red: representation, gender and cultural politics. New York: Routledge, 1991.
____________________. Woman, native, other: writing postcoloniality and feminism. Bloomington, Ind.: Indiana University Press, 1989.
WILLIFORD, Daniel. Queer Aesthetics. In: borderlands: e- journal, volume 8 number 2, 2009.
Referências Audiovisuais:
- “Crossing Barriers”. Direção de Caro Reyes. QWOCMAP productions. San Francisco, CA, USA, 15 min., 2012. Disponível on-line: acessado em http://bit.ly/1gUDa2f ; acessado em 20 de março de 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
As autoras ou autores cedem gratuita e automaticamente à Revista ACENO os direitos de reprodução e divulgação dos trabalhos publicados.